Julgamento de Lula em segunda instância pode demorar cerca de um ano

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a nove anos e meio de prisão por corrupção pelo juiz federal Sérgio Moro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz declaração à imprensa, na sede do PT em São Paulo, após ser condenado por corrupção pelo juiz federal Sérgio Moro (Agência Brasil)

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), responsável pelos processos da Operação Lava Jato, julgará em segunda instância o processo que levou ontem (12) à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os desembargadores, sediados em Porto Alegre, têm levado em média um ano para julgar os casos da operação.

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Se for condenado em segunda instância até 15 de agosto do ano que vem, quando se encerra o prazo para registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula não poderá concorrer a cargo eletivo. Isso porque a sentença de Moro prevê que Lula fique interditado para o exercício de cargo ou função pública por 19 anos, caso a decisão seja confirmada pelos desembargadores. Aliados do ex-presidente têm afirmado que a decisão tem como objetivo inviabilizar sua candidatura à presidência da República em 2018.

Tramitação e prazos

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, estipulou pena de 9 anos e meio de prisão e determinou que Lula poderá responder em liberdade a fase recursal. O resultado do julgamento em primeira instância foi comunicado às partes por meio de intimações publicadas no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná (JFPR).

Os advogados de Lula têm até dez dias para abrir a intimação. A partir de então, passa a correr novo prazo de cinco dias para que a defesa apresente recurso.

Em um primeiro momento, a apelação será recebida pelo próprio juiz de primeira instância, Sérgio Moro, que fará uma avaliação técnica da peça e a remeterá ao tribunal. No TRF4, os processos são encaminhados à 8ª Turma, composta pelos desembargadores federais João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus. Ao chegar no tribunal, as ações são abertas para vistas do Ministério Público Federal, responsável pela acusação, que pode gerar recursos contra as argumentações da defesa.

No papel de relator, Gebran será o responsável por analisar o processo de Lula e, em seguida, apresentar um relatório e a sua decisão a respeito do caso a Paulsen, revisor da 8ª Turma. Quando este trâmite for finalizado, a data do julgamento será marcada.

Paulsen e Laus podem acompanhar ou discordar do voto do relator. Caso a decisão da 8ª Turma seja contrária ao pedido da defesa de Lula, os advogados podem entrar com novo recurso. Caso a decisão colegiada seja unânime, encerra-se o julgamento em segunda instância.

Os desembargadores da 8ª Turma poderão votar pela absolvição de Lula, pela confirmação da sentença de Moro ou pela alteração da pena para mais ou para menos.

Julgamento de processos

Desde a deflagração da Operação Lava Jato, o TRF4 concluiu o julgamento de 12 apelações contra 48 sentenças proferidas em primeira instância.

Até o momento, o tribunal absolveu cinco pessoas que haviam sido condenadas por Moro — inclusive o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em um dos processos a que responde na Lava Jato. Ele havia sido condenado a 15 anos e 4 meses de prisão, mas a 8ª Turma entendeu que a sentença em primeira instância havia sido fundamentada em depoimentos que não foram comprovados com outras provas.

O TRF4 manteve, ainda, dez sentenças condenatórias da 13ª Vara. Oito réus tiveram a pena reduzida e 16 tiveram a pena aumentada pelo Tribunal.

A 8ª Turma está atualmente com 16 apelações oriundas da Lava Jato pendentes para julgamento. Destas, sete já estão sob análise do revisor. Outras três apelações foram registradas recentemente e ainda estão na fase de processamento inicial.

Via Agência Brasil

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Cada vez mais mulheres no Japão estão se tornando caçadoras

Publicado em 14 de julho de 2017, em Sociedade

Muitas mulheres no Japão estão se dedicando à caça, um mundo até então dominado pelos homens. Saiba mais.

O ministério reconhece o crescente potencial do papel das mulheres no serviço de controle da vida selvagem (imagem ilustrativa)

O número de mulheres caçadoras no Japão vem crescendo nos últimos tempos, no que geralmente é considerado um mundo dos homens, aumentando as expectativas de que elas vão se tornar importantes protagonistas em proteger os agricultores dos danos causados por animais selvagens.

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A quantidade de mulheres com licença para caça totalizou 3.184 no ano fiscal de 2014, duas vezes mais em comparação há 5 anos, contra o número total de licenciados de 193.762, queda acentuada de cerca de 518.000 em 1975 e 290.000 em 1990, de acordo com as estatísticas mais recentes do Ministério do Meio Ambiente.

Dados do Ministério da Fazenda mostram que os setores da agricultura e florestas vêm reportando, de forma constante, altos níveis de danos provocados por javalis, veados, pássaros e outros animais. O prejuízo totalizou 17,6 bilhões de ienes no ano fiscal de 2015.

As mulheres caçadoras estão chamando atenção tanto na mídia como nos círculos de caça

A crescente tendência de mulheres caçadoras é considerada significante sob as circunstâncias e Chiharu Hatakeyama, de 31 anos, está entre aquelas que são chamadas de “kari girls” (damas caçadoras) e está chamando atenção tanto na mídia como nos círculos de caça.

Ex-residente da periferia de Tóquio, Hatakeyama obteve uma licença para caçar animais silvestres usando armadilhas em 2013, levada pela interrupção das redes de fornecimento de alimentos e outras necessidades diárias após o desastre de março de 2011 que devastou uma ampla área do nordeste do Japão.

Ela se mudou para o interior da província de Fukoka após o desastre, que deu a ela a oportunidade de reconsiderar seu estilo de vida e a cultura de alimentos do Japão. Ela agora aprendeu como abater animais e escreveu um livro sobre sua experiência.

As licenças para caça do Japão são divididas em 4 tipos, incluindo o nível mais alto em que espingardas e rifles podem ser usados se permitidos através de procedimentos separados. A licença que Hatakeyama possui é para armadinhas, sem uso de armas de fogo.

O crescente papel das mulheres no serviço de controle da vida selvagem

O Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca reconhece o crescente potencial do papel das mulheres no serviço de controle da vida selvagem.

“Ainda vai se tornar uma grande onda”, disse um funcionário do ministério. “Mas é de grande significado ver o número de mulheres aumentando porque há um limite na extensão do que pode ser feito por caçadores sazonais atualmente disponíveis em remover animais nocivos”.

Fonte: Japan Today/ Kyodo
Imagem: Bank Image

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