A produção em fábricas no Japão aumentou no mês de maio em comparação ao ano anterior e o número de vagas por candidato avançou para a maior alta em 43 anos, refletindo escassez de mão de obra enquanto a economia ganha momento graças às fortes exportações para o restante da Ásia, divulgou o jornal Asahi.
O aumento ano a ano de 6.8% na produção em fábricas divulgado na sexta-feira (30) foi o 7º mês consecutivo de ganhos, embora a produção tenha caído 3.3% em maio ante o mês anterior, em parte devido ao feriado de Golden Week.
Segundo o governo, apesar da proporção alta de vagas por candidato, a 1.49 para 1 (149 vagas para 100 candidatos), a mais alta desde fevereiro de 1974, o índice de desemprego aumentou de 2.8% em abril para 3.1% em maio.
O governo revisou sua mais recente estimativa para o crescimento anual real no trimestre janeiro-março para 1% em comparação à estimativa anterior de 2.2%. Um fator fundamental que limita demanda em potencial é o salário, que continuou relativamente estável.
A falta de mão de obra vem piorando enquanto a idade da população em idade de trabalho vem aumentando, mas as empresas não aumentaram os salários de funcionários permanentes, embora o salário por hora pago aos part-timers e trabalhadores por contrato ter subido.
Isso complicou os esforços para estimular inflação, a principal estratégia de crescimento adotada pelo governo do primeiro-ministro Shinzo Abe e o banco central.
Preços mais altos do petróleo empurraram o índice de inflação em maio para 0.4%, mas excluindo tanto os custos voláteis de alimentos e energia, a inflação se manteve estável, de acordo com o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações.
Outros dados mostraram os gastos do consumidor avançando 0.1% a menos no mês de maio, ante o ano anterior, enquanto a renda familiar caiu 1.7% em comparação a 2016.
Fonte: Asahi Imagem: Bank Image