O governo japonês informou na sexta-feira (22) que usará a receita de um referido imposto de saída do país (出国税 shukkoku zei) somente para promover o turismo, em meio a preocupações de que ele seria direcionado a uma faixa mais ampla de propósitos.
O Japão planeja introduzir o imposto de saída do país a partir de 7 de janeiro de 2019, exigindo de cada passageiro, não importando a nacionalidade, a pagar mil ienes ao deixar o país via aérea ou marítima.
A arrecadação será alocada para três áreas – criação de ambiente para viagens sem estresse e agradável, facilitação de acesso à informação sobre atrações turísticas do país e melhoria dos níveis de satisfação dos visitantes ao preparar recursos turísticos que utilizam cultura única e natureza em áreas regionais – de acordo com a política básica.
Sob atual plano, crianças com menos de dois anos de idade e passageiros em trânsito que partem do Japão dentro de 24 horas de seus desembarques serão isentos. O governo ainda precisa buscar aprovação da assembleia para introdução do que é oficialmente conhecido como um imposto para turistas internacionais.
Sustentado por um recente auge no turismo estrangeiro, o que resultou em um novo recorde anual de mais de 24 milhões de visitantes em novembro deste ano, o Japão visa atrair 40 milhões de turistas do exterior em 2020 quando Tóquio sediar as Olimpíadas e Paralimpíadas.
No esboço para o orçamento nacional do ano fiscal de 2018 aprovado na sexta-feira (22), o governo planeja usar cerca de seis bilhões de ienes em receita do imposto de partida do país para projetos urgentes, como disponibilizar mais serviço multilíngues.
Ainda assim, alguns contribuintes japoneses expressaram ceticismo, dizendo que não está claro como eles vão se beneficiar de um imposto que é primariamente designado a oferecer melhores serviços a turistas estrangeiros.
Fonte: Japan Today, Kyodo Imagem: Bank Image