O número de mortes no trânsito no Japão atingiu baixa recorde de 3.694 em 2017, devido em parte à intensificação dos regulamentos no tráfego, informou a ANP – Agência Nacional de Polícia na quinta-feira (4).
Segundo a ANP, o número diminuiu em 210 ante o ano anterior para o mais baixo desde 1948, quando dados comparativos se tornaram disponíveis, situando-se a aproximadamente um quinto de seu pico de 16.765 em 1970.
Um oficial da ANP atribuiu o declínio às medidas mais severas da polícia sobre violações no trânsito e à lei revisada de tráfego nas rodovias que entrou em vigor em março de 2017, assim como testes mais rígidos para demência que os motoristas idosos precisam realizar na renovação de suas habilitações.
O número de fatalidades entre pessoas com 65 anos ou mais de idade diminuiu em 118 ante o ano anterior, totalizando 2.020, mas a proporção ainda continuou alta, a 54.7% do total para as mortes no tráfego.
Os acidentes fatais no tráfego relacionados à direção sob efeito do álcool foram de 5,6%, totalizando 201.
De acordo com a análise da ANP de fatalidades nas estradas até o final de novembro do ano passado, o maior número de mortes foi registrado entre pedestres, a 1.171, queda de 1%, seguido por pessoas em carros, a 1.106, e pessoas andando de bicicleta, a 436.
As fatalidades em estradas atingiram o pico em 1970, quando havia uma escassez de semáforos e sinalizações de trânsito no Japão, mas o número caiu como resultado de medidas reforçadas da polícia e melhoria nas condições rodoviárias.
Com um aumento no número de pessoas que têm carros, as mortes no trânsito voltaram a exceder a marca dos 10 mil em 1998 antes de diminuir novamente devido à disseminação de segurança no trânsito para motoristas inexperientes.
Embora as mortes no tráfego no Japão estejam diminuindo desde então, a proporção de fatalidades entre os idosos aumentou, incluindo aquelas decorrentes de conduzir veículos na direção errada em vias expressas ou acelerar por engano.
Para lidar com o problema, o governo vem encorajando os idosos a devolverem voluntariamente suas habilitações, enquanto empresas estão desenvolvendo freios automáticos para carros dentre outras tecnologias para prevenir acidentes.
Fonte: Mainichi Imagem: Bank Image