Guam vem perdendo rapidamente turistas do Japão desde agosto de 2017, quando a Coreia do Norte ameaçou atacar o território que pertence aos Estados Unidos, levando empresas aéreas americanas a encerrarem em janeiro serviços de voos que conectam a ilha ao país.
Em razão de sua proximidade geográfica, a ilha vinha sendo um destino turístico popular para os turistas do Japão, cujo número contou por cerca da metade dos visitantes em Guam no ano de 2016.
Das 1,54 milhão de pessoas que viajaram a Guam naquele ano, cerca de 746 mil eram japoneses, de acordo com o Departamento de Visitantes de Guam.
Contudo, a tendência mudou drasticamente após Pyongyang ter dito no início de agosto passado que estava “examinando seriamente” um plano de disparar simultaneamente quatro mísseis balísticos que sobrevoariam o Japão para um “envolvente ataque a Guam”.
O anúncio espalhou temores entre os viajantes, principalmente escolas japonesas que haviam planejado levar estudantes a Guam, ocasionando vários cancelamentos.
O número de turistas do Japão que visita Guam caiu 38% em outubro em comparação ao ano anterior, registrando uma queda pelo terceiro mês consecutivo.
O fluxo de visitantes da China e de Taiwan também caiu em mais de 40% cada em outubro, levando a um abalo na ilha onde o turismo é sua indústria de sustento.
Seguindo a medida, a Delta Airlines anunciou que encerrará seus voos que conectam o Aeroporto de Narita a Guam em 8 de janeiro, se retirando dos serviços que levam passageiros do Japão à ilha. A United Airlines também planeja encerrar seus voos entre Sapporo (Hokkaido) e Guam em 15 de janeiro.
Enquanto isso, a Japan Airlines poderá aumentar o número de voos entre Natita e Guam no período de 25 de março e 27 de outubro apesar de ver a taxa de capacidade de utilização para a rota caindo 20% ano a ano em outubro.
“Decidimos aumentar o número de voos após levar em consideração a rentabilidade e pedidos da população de Guam de que a saída da Delta afetará de forma severa a indústria turística local”, disse um alto funcionário da JAL.
Fonte: Mainichi Imagem: Bank Image