O Japão está trabalhando para aceitar mais estrangeiros com qualificação, visando áreas que estão enfrentando escassez de mão de obra mesmo com avanços tecnológicos e maior participação de mulheres e idosos.
O primeiro-ministro Shinzo Abe vai instruir agências relevantes em uma reunião do conselho econômico para considerar medidas a fim de aumentar a contratação de estrangeiros. A meta é incorporar as medidas na estratégia de crescimento do governo que deve ser lançada no início de junho.
Trabalhos que necessitam de mais pessoas
A revisão das leis da imigração é uma possibilidade. O Japão, agora, concede 18 classes de permissão para trabalho, a maioria das quais são para profissionais altamente qualificados como médicos e professores. Um grupo de ação sob a secretaria do gabinete determinará quais outros trabalhos necessitam de mais pessoas e vai adicioná-los à lista.
Além disso, também haverá facilitação para obter um dos 18 tipos existentes de permissões de trabalho ao flexibilizar as exigências. Ainda não está claro quais categorias específicas que poderiam ser expandidas, mas campos cuja escassez de mão de obra é persistente, como cuidados de enfermagem e agricultura, são possíveis candidatos.
Em 2017, cerca de um milhão de estrangeiros trabalharam no Japão
Cerca de 1,28 milhão de estrangeiros trabalharam no Japão ano passado, de acordo com o governo. Desde 2012, tal número cresceu de 1,1% para 2% na força de trabalho da nação. Contudo, grande parte do aumento veio de estudantes que trabalhavam meio período e de estagiários técnicos, não aqueles que vieram ao Japão especificamente para trabalhar.
O governo está focado em aumentar o número de trabalhadores estrangeiros qualificados no Japão. Enquanto nos EUA, Reino Unido e Alemanha a população em idade de trabalho tem aumentado na última década, no Japão o efeito é contrário.
Trabalhadores estrangeiros são fundamentais para manter a vitalidade econômica do país, visto que a população encolhe cada vez mais.
Fonte: Nikkei Imagem: Bank Image