Androide canta e conduz orquestra no Japão

Evento ofereceu ao público uma oportunidade para refletir sobre a moderna relação entre humanos e a tecnologia.

Membros da orquestra executam sob a direção de Alter 2 no Miraikan, em Koto, Tóquio, dia 22 de julho de 2018 (Yomiuri)

A ópera androide “Scary Beauty” (Beleza Assustadora), dirigida pelo músico Keiichiro Shibuya, foi realizada  no Museu Nacional de Ciência Emergente e Inovação, conhecido como Miraikan, em Koto, na capital Tóquio, na noite de domingo (22).

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Como o androide “Alter 2”, movido por inteligência artificial, cantou e conduziu uma orquestra de 30 membros, o evento ofereceu ao público uma oportunidade para refletir sobre a moderna relação entre humanos e a tecnologia.

“Não há direito especial à felicidade e nenhum à infelicidade. Não há tragédia e não há gênio”. O Alter 2 cantou essas palavras que vêm do romance póstumo “A Decadência do Anjo (Tennin Gosui)” em uma voz artificial.

Como o androide ocasionalmente estendeu seus braços e moveu mecanicamente sua cintura, ombros e outras partes do corpo, uma cena musical magnífica emergiu em que a orquestra, piano e programação de computador participaram juntos.

O androide Alter 2 (Yomiuri)

O Alter 2 foi criado pelo professor da Universidade de Osaka, Hiroshi Ishiguro, pelo professor da Universidade de Tóquio, Takashi Ikegami e outros. Dizem que o aspecto mais importante da produção é a programação dos movimentos do androide para que membros da orquestra os reconhecessem como comando.

Organizadores estão considerando realizar apresentações no exterior futuramente. “Já recebemos solicitações de outros países”, disse Shibuya. “Acredito que seja importante para a orquestra – o lado humano –   estar entusiasmado em colaborar com o androide”.

Fonte e imagens: Yomiuri

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Toyota se empenha para manter níveis de produção no Japão

Publicado em 26 de julho de 2018, em Sociedade

Produção doméstica de 3 milhões de automóveis é o mínimo necessário considerado pela Toyota para manter os níveis de emprego e o centro de pesquisa e desenvolvimento no Japão.

Tarifas dos EUA sobre carros importados e mudanças na tecnologia ameaçam a produção doméstica da montadora

O planejado fechamento de uma fábrica da Toyota Motors no Japão enfatiza sua situação difícil, enquanto a montadora se esforça para manter a produção doméstica a 3 milhões de veículos por ano em meio a ventos contrários como as ameaçadoras tarifas dos EUA sobre automóveis importados e a pressão para investir pesadamente em desenvolvimento.

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A fabricante de veículos japonesa disse em 20 de julho que até 2020 fechará uma planta subsidiária, que produz carros de passageiros, na província de Shizuoka, para consolidar grande parte das operações da fábrica nas instalações de uma unidade existente da empresa no nordeste do Japão.

Como parte de esforços mais amplos para aumentar a eficiência, o grupo Toyota vai mover de Aichi a produção do compacto Vitz  para o nordeste do Japão neste outono.

E, pela primeira vez desde sua fundação em 1937, a Toyota vai transferir as operações de uma filial inteira a um grupo fornecedor, ao passar uma fábrica em Aichi que produz componentes eletrônicos para a Denso no final de 2019.

A Toyota considera a produção doméstica de 3 milhões de automóveis o mínimo necessário para manter os níveis de emprego e o centro de pesquisa e desenvolvimento no Japão.

A montadora manteve o nível de produção por 4 décadas

Por cerca de quatro décadas, com início nos anos 1980, a montadora manteve o nível de produção, sendo que as únicas exceções foram durante a crise financeira em 2008 e o terremoto e tsunami em 2011.

Entretanto, a linha de base é vulnerável, a menos que a empresa melhore a eficiência, visto que o desenvolvimento tecnológico em direção autônoma, veículos elétricos e serviços de compartilhamento exige níveis de gastos ainda maiores.

Recentemente, a Toyota criou um negócio em Tóquio dedicado ao desenvolvimento de tecnologias de direção autônoma, com três empresas do grupo podendo injetar 300 bilhões de ienes ($2,69 bilhões) no empreendimento. Ainda, a Toyota investirá 1,5 trilhão de ienes até 2030 em um negócio de baterias de carro com a Panasonic.

As tarifas adicionais dos EUA sobre veículos importados, propostas pelo presidente Donald Trump, são outra ameaça para a produção da Toyota no Japão porque as taxas tornariam os carros japoneses não competitivos no mercado americano.

A Toyota exporta cerca de 700 mil automóveis por ano do Japão para os EUA.

Fonte: Nikkei
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