Shoko Asahara ou Chizuo Matsumoto, fundador da seita Aum Shinrikyo e que se autodenominava guru (arquivo do Sankei)
Pouco depois das 7h desta segunda-feira (9) três corpos foram levados da Penitenciária de Tóquio para um crematório na capital. São os dos que foram executados no dia 6 deste mês. Todos pertencentes à seita Verdade Suprema ou Aum Shinrikyo, em japonês.
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Um deles é do fundador com codinome Shoko Asahara, cujo nome verdadeiro é Chizuo Matsumoto, 63. Os demais são os de Seiichi Endo, 58, e Masami Tsuchiya, 53.
Antes da execução o próprio Matsumoto teria pedido que seus restos mortais fossem entregues para a sua quarta filha. O fundador da seita teve 6 filhos com a ex-esposa.
No sábado (7) os advogados da ex-esposa entraram com pedido na Penitenciária de Tóquio e Ministra da Justiça para que o corpo fosse entregue para ela.
Como nada foi definido e para evitar a deterioração do corpo, a quarta filha e outros filhos concordaram com a cremação.
Restos mortais e a preocupação com a deificação
Os restos mortais de Endo e Tsuchiya foram requeridos pela seita religiosa Aleph. Essa é uma organização renomeada da Aum Shinrikyo, em Adachi-ku, em Tóquio.
De acordo com os funcionários da Segurança Pública, os restos mortais de Asahara têm um significado simbólico.
Portanto, os restos mortais quanto seus pertences poderão se tornar um símbolo de validação da organização sucessora. Há também uma preocupação com a deificação.
Diante disso as autoridades estão cautelosas com conflitos internos competindo pelos restos mortais, os quais ficarão na Penitenciária de Tóquio até que cheguem a um acordo. O impasse está entre a ex-esposa e a quarta filha.
Mais tarde a imprensa tomou conhecimento que a filha teria dito “temo pela minha segurança caso fique com os restos mortais”. Por esse motivo teria pedido para mantê-los na Penitenciária de Tóquio.
Fontes: Sankei e ANN Foto: Sankei