As dores de trabalho de parto estavam ficando cada vez mais fortes, mas Aki Yamada disse que só começou a sentir medo de verdade quando o quarto do hospital sacudiu verticalmente às 3h08 de 6 de setembro.
Yamada, de 39 anos, disse que pensou no momento: “O que está acontecendo?”
O mais forte terremoto registrado na história de Hokkaido ocorreu bem no momento em que Yamada estava sendo preparada para dar à luz.
Yamada cresceu em Sapporo, mas agora vive em Tóquio. Ela estava na casa dos pais na capital em Hokkaido para que eles pudessem dar uma mão à ela nas semanas finais de sua gestação.
Alguns minutos após as 3h, Yamada estava sendo levada de cadeira de rodas por uma parteira no Sapporo Maternity Women’s Hospital.
Quando elas chegaram à sala de parto, o terremoto de magnitude 6,7 sacudiu o sudeste de Hokkaido com uma intensidade que atingiu 7 na escala sísmica japonesa. A intensidade em Sapporo foi de 5 forte.
A parteira se inclinou para o lado de Yamada para protegê-la e ao bebê que ainda não tinha nascido de possíveis fragmentos que poderiam cair.
“Está tudo bem”, disse a parteira.
A energia foi imediatamente cortada no hospital, e um gerador auxiliar de emergência foi ativado.
O corredor e as alas comuns dos pacientes estavam vagamente iluminados, mas na sala de parto a iluminação voltou ao normal.
“As contrações eram dolorosas, o prédio estava balançando e eu estava muito preocupada com meu bebê”, disse Yamada.
As réplicas continuaram sacudindo a área, mas Yamada se concentrou em seu trabalho de parto. Funcionários do hospital a encorajavam enquanto o marido apoiava seu corpo.
Às 5h43 o bebê de Yamada, seu primeiro filho, nasceu chorando alto.
Os pais deram a ele o nome de Shunta.
“Ele superou o terremoto e o tufão que atingiram a província algum tempo antes de seu nascimento”, disse Yamada.
“Gostaria que ele fosse uma pessoa de grande coração”.
Em 11 de setembro Yamada e Shunta receberam alta do hospital.
Fonte: Asahi Imagem: Asahi, Banco de imagens