Hoje, segunda-feira 11 de março de 2019, o Japão marca 8 anos do grande terremoto que atingiu o Japão e subsequente acidente nuclear na planta nuclear Fukushima Daiichi.
O terremoto de magnitude 9 na escala Richter ocorreu ao largo da costa da região Tohoku às 14h46.
Um tsunami de mais de 10 metros de altura causado pelo forte tremor atingiu as costas de Tohoku e Kanto.
De acordo com a Agência Nacional de Polícia, desde 8 de março o número de pessoas mortas confirmadas era de 15.867 e 2.533 outras estavam desaparecidas. Pelo menos 22.131 morreram em decorrência do desastre de 2011, incluindo aquelas cujas condições saúde se deterioraram enquanto estavam em evacuação.
Muitos problemas não foram solucionados nas áreas afetadas, incluindo um declínio da população regional e idosos vivendo isolados.
Em sete municípios na província de Fukushima ainda há zonas de entrada proibida. Uma pesquisa realizada pela Agência de Reconstrução em fevereiro mostra de 51.778 pessoas de áreas afetadas ainda estão vivendo em outros lugares no país como evacuados. Esse número vem diminuindo gradualmente.
No desastre de 2011, três reatores na planta Fukushima Daiichi sofreram fusão no que é considerado um dos piores acidentes nucleares do mundo.
No mês passado, uma sonda robótica colocada dentro de um dos reatores fez contato direto com os detritos, o que deve ser uma mistura de combustível nuclear fundido e partes estruturais.
Por causa dos detritos que lembram um monte argiloso a sonda robótica teve dificuldades para se mover.
A remoção dos detritos é considerada a parte mais difícil do desmantelamento da planta.
O governo e a TEPCO – Tokyo Electric Power Company que opera a planta disseram que com base nos resultados da avaliação, eles esperam iniciar a remoção dos detritos dos reatores em 2021 após considerar até o fim de março de 2020 maneiras de realizar o trabalho.
Nesse meio tempo, a água refrigerada sendo despejada sobre os detritos nos três reatores está sendo coletada sob o solo. A água, misturada com água subterrânea que flui no complexo de encostas próximas, continua se acumulando como contaminada.
A Autoridade de Regulação Nuclear disse que liberar a água no oceano após diluí-la de forma suficiente abaixo do nível radioativo máximo permitido pelo governo será uma maneira razoável de lidar com o problema.
Contudo um plano final sobre como lidar com a água contaminada ainda será decidido por causa das objeções de pescadores locais.
Fonte: NHK