A diretoria do Comitê Olímpico do Japão-JOC se reuniu na terça-feira (19), pouco depois das 15h, em Shibuya, Tóquio.
Sob a suspeita de estar envolvido em um caso de suborno, o presidente Tsunekazu Takeda, 71, que está sendo investigado pelas autoridades judiciais francesas, anunciou que renunciará durante o seu mandato, o qual finda em junho. Até lá ainda cumprirá o papel de presidente.
Takeda está no seu décimo mandato e, embora insista na sua inocência, vozes de preocupação com a deterioração da imagem do maior torneio esportivo em Tóquio vem aumentando, já que sua explicação tem sido considerada insuficiente. Especialmente, depois de ter convocado uma coletiva de imprensa em janeiro, a qual foi encerrada após 7 minutos, pegou mal. Já vinha sendo criticado por outro motivo: continuar no cargo mesmo tendo completado 70 anos, ignorando as normas do comitê.
“Eu sinto muito por ter causado todo esse constrangimento. Confio ao jovem que liderará a próxima geração dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio para abertura de uma nova era”, disse.
O próximo nome mais cogitado é o de Yasuhiro Yamashita, 61, ex-judoca e campeão olímpico em 1984, em Los Angeles.
Takeda foi atleta olímpico de equitação em Munique e Montreal, filho do Príncipe Tsuneyoshi Takeda, sendo bisneto do Imperador Meiji.
Em 2001 assumiu a presidência do JOC e em 2012 se integrou ao IOC-Comitê Internacional. No ano seguinte obteve a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2020 em Tóquio, depois de 56 anos. O foco sobre ele continua sendo essa suspeita de corrupção para conseguir realizar o torneio na capital japonesa.
Fontes: Nikkei, NHK e Asahi