Com o agravamento da guerra comercial entre os EUA e a China, a Apple pode aumentar o preço do iPhone significativamente. Em 13 deste mês, os EUA anunciaram novas taxas sobre US$300 bilhões de produtos chineses, incluindo o iPhone. No dia seguinte, a China anunciou aumento de 5% para 25% das tarifas sobre US$60 bilhões de produtos americanos como retaliação.
“Nós estimamos que um aumento no preço de aproximadamente 14% seja necessário para absorver o impacto da tarifa de 25%, mantendo a margem do dólar constante para toda a supplychain“, disse a J.P. Morgan, instituição líder em serviços financeiros no mundo, para a mídia americana CNBC.
Caso a tarifa dos EUA de 25% sobre o iPhone realmente entrar em vigor, o smartphone de US$1.000 (aprox. ¥109.500) poderá custar US$1.160 (aprox. ¥127.000). Embora o presidente americano Donald Trump ainda não tenha se pronunciado sobre estas tarifas adicionais sobre US$300 bilhões em produtos chineses, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA já começou o processo de aprovação formalmente. A data mais próxima em que as tarifas poderão entrar em vigor é dia 24 de junho.
Mover a produção do iPhone exclusivamente para os EUA é uma opção para a Apple, disse o Bank of America. O banco estima um aumento de 20% no preço caso 100% dos iPhone sejam produzidos em solo americano.
“Nós estimamos que o custo incremental de produzir os iPhone nos EUA pode ser de 15 a 25%. E, caso passado ao consumidor, pode ocasionar destruição da demanda, em nosso ponto de vista”, explica o Bank of America em uma nota.
Contudo, a J.P. Morgan acredita que a Apple está mais inclinada em absorver os custos das tarifas e diminuir seus ganhos do que aumentar o preço do aparelho. O banco acredita que pode haver uma queda de até 4% na margem bruta do iPhone se a Apple não passar os custos das tarifas aos consumidores.
Desde 2 de maio, quando a guerra comercial ficou mais intensa, as ações da Apple diminuíram 11%.
Fonte: CNBC Imagem: Gizmodo