O presidente da Kokuka Sangyo, dona de um dos navios-tanque atingidos na quinta-feira (13), deu entrevista em Tóquio na sexta-feira (14) para explicar o que aconteceu.
Yutaka Katada explicou que ouviu da tripulação que “algo veio voando e depois ocorreu a explosão, abrindo buracos no casco”, contrariando o que os Estados Unidos divulgaram que pelos danos deixados teriam sido minas submarinas.
Katada explicou que os buracos abertos no cargueiro foram bem acima da superfície da água, “por isso, não há dúvida de que não foram minas submarinas”.
O navio-tanque atingido está navegando rumo a Corfação, cidade dos Emirados Árabes. O Kokuka Courageous está transportando metanol, o que deverá ser transferido para outra embarcação. “Se a rota marítima não for fechada o transporte continua”, informou.
Veículos de imprensa dos Estados Unidos divulgaram que o exército americano tem imagens de um barco iraniano se aproximando do Kokuka Courageous para remover as limpet mines – minas de lapa na tradução livre – cerca de 9 horas depois do ataque. Especulam que o Irã fez isso para esconder o feito.
O caracol marinho com concha, chamada de lapa, se agarra firmemente à superfícies duras, como as rochas, por exemplo. Foi daí extraído o nome para essa mina, a qual é acoplada nos navios. Um mergulhador consegue acoplá-la na embarcação e a explosão ocorre por controle remoto.
Irã critica EUA e Japão por tabela
A delegação iraniana da ONU emitiu uma declaração na quinta-feira após as insinuações dos EUA: “Negamos totalmente as afirmações infundadas dos EUA e repudiamos fortemente”.
O governo iraniano indicou que este ataque é devido às forças hostis que tentam derrotar o Irã.
O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif Khonsari, postou no Twitter: “Acusam o Irã sem motivos, os Estados Unidos usam a diplomacia para sabotar o Irã”.
Por outro lado o ministro das Relações Exteriores do Japão trocou palavras com Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, para identificação do ataque aos dois navios.
Fontes: NHK e ANN