O Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia anunciou um plano compreensivo para melhorar a educação em língua japonesa voltada a crianças estrangeiras, após o lançamento de um novo sistema para aceitar mais trabalhadores do exterior em abril.
O ministério visa criar um ambiente onde crianças estrangeiras podem se adaptar facilmente à sociedade japonesa.
“Após ensinar o básico do japonês, o próximo passo é como ensinar matérias em japonês”, disse um representante do conselho educacional de Hamamatsu.
Desde 1º de maio a cidade tinha 1.796 estudantes do primário e do ginásio de nacionalidade estrangeira, incluindo aqueles do Brasil, Filipinas e Peru. Mais de 60 por cento – ou 1.179 – necessitam de ensino de língua japonesa.
Após serem admitidos na escola, os estudantes terão aulas de conhecimento e língua necessários para a vida escolar, como ir à enfermaria quando se sentirem mal. Eles então passarão vários meses aprendendo 67 padrões de sentenças essenciais.
Ensinar matérias em japonês é um desafio. Alguns alunos do primário e ginásio teriam pedido aconselhamento, dizendo “Consigo falar japonês, mas não consigo acompanhar a aula”. Para lidar com problemas do tipo, a cidade empregará orientadores de ensino de língua japonesa que serão introduzidos pelo ministério em agosto para treinar professores.
Os nove orientadores incluem professores universitários que são bem versados em educação da língua japonesa.
Visto que o número de trabalhadores estrangeiros aumenta, o de crianças também deve crescer.
O ministério da educação apresentou uma lista de medidas correspondentes em junho, incluindo melhoria na educação para estudantes estrangeiros, promoção de emprego no país para estudantes estrangeiros, gerenciamento rigoroso de matrícula e melhoria de educação em língua japonesa para estrangeiros.
Especificamente o ministério planeja enviar orientadores a escolas do primário e ginásio para ajudar professores a melhorarem suas qualidades e habilidades. Ele também recomenda que consideração especial seja dada a exames de admissão de escolas públicas do colegial.
O plano também pede pela estabilização de novas qualificações para professores de língua japonesa, garantindo que aulas de japonês estejam disponíveis em todas as partes do país, e cooperação entre universidade e empresas para criar e utilizar programas de educação voltados a estudantes estrangeiros.
Gostaríamos de estabilizar um robusto sistema de ensino e promover a criação de um ambiente que permite aos estudantes frequentarem escolas do ensino médio, vocacionais e universidade e encontrem empregos”, disse um oficial do ministério.
Fonte: Yomiuri