O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar divulgou na quinta-feira (1.º) que o número de casos de suspeita de abuso infantil que não puderam ser confirmados em 48 horas foi de 11.984, no período de julho do ano passado a junho deste ano. Essas suspeitas correspondem a 7,4% de todas as notificações desse período de 1 ano.
Essa regra das 48h foi estabelecida em julho do ano anterior, depois do caso de morte de uma criança de 5 anos, em Meguro-ku, na capital japonesa, vítima de agressão da mãe.
Aumento do abuso infantil
Foram registradas 159.850 ocorrências de violência contra a criança, em 2018, recorde na história dos 28 anos em que se coletam os dados. Houve aumento de 19,5% em relação a 2017.
A maioria das denúncias foi feita diretamente para a polícia. O governo analisa que aumentou o nível de consciência sobre o abuso infantil e a população passou a denunciar.
Os números da violência
O maior número foi o de violência doméstica, com 88.389 casos, representando 55% de todos. Um quarto das ocorrências foi de agressão física na criança, com 40.256. Em terceiro lugar vem a negligência com 29.474 (18%). Também aparecem nas estatísticas a violência sexual 1.731 casos e psicológica com 16.192 vítimas infantis.
As províncias onde mais foram registradas ocorrências são Osaka, Kanagawa e Tóquio. Tottori foi a que teve menos casos, com registro de 80.
A partir de abril do próximo ano as emendas revisadas das leis de Prevenção ao Abuso Infantil e Bem-estar Infantil serão implementadas, incluindo a proibição da repreensão com agressão por parte dos cuidadores.
Outra medida do governo deverá ser o aumento do quadro de servidores no trabalho de preservação do bem-estar da criança.
Fontes: Nikkei e ANN