A Huawei acusou o governo dos EUA de “usar todas as ferramentas a sua disposição” para interromper seus negócios.
Em um comunicado de imprensa na terça-feira (3), a gigante tecnológica chinesa disse que os EUA haviam lançado ciberataques para se infiltrar em suas redes e estava ameaçando seus funcionários.
A empresa, que foi colocada na lista negra dos EUA neste ano, não ofereceu evidência para as alegações.
A Huawei se tornou a peça central de um conflito comercial entre os EUA e a China.
Em seu comunicado, a Huawei alegou que os EUA haviam detido seu pessoal ilegalmente, lançando ciberataques para se infiltrar em seus sistemas internos de informações e que agentes da FBI estavam sendo enviados às casas de seus funcionários para pressioná-los a coletar informações sobre a companhia.
“Condenamos fortemente o esforço maligno orquestrado feito pelo governo dos EUA para desacreditar a Huawei e coibir sua posição de liderança na indústria”, disse a empresa.
Não houve resposta de autoridades dos EUA.
A declaração da Huawei foi feita em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal a qual disse que a empresa havia sido investigada pelo Departamento de Justiça dos EUA sobre o alegado roubo de patentes de câmeras de smartphone. A gigante chinesa disse em sua declaração que as alegações eram falsas.
A firma veio a simbolizar uma crescente luta pelo poder entre os EUA e a China. As duas maiores economias do mundo têm estado em uma guerra comercial ao longo do último ano.
Os EUA argumentam que a Huawei representa um risco de segurança nacional e colocou a empresa em uma lista negra em maio.
Washington também tenta pressionar seus aliados para rejeitar produtos da Huawei por temores de que eles podem ser usados por Pequim para vigilância.
A Huawei negou isso várias vezes e diz que é independente do governo chinês.
Fonte: BBC