No Japão é comum ver uma barraca ou estante onde os agricultores colocam o que produzem para venda direta, sem vendedor. As pessoas pegam o pacote e deixam as moedas correspondentes ao preço marcado.
Essa é uma prática simples que vem desde a antiguidade. No entanto, por causa de furtos, os agricultores passaram a instalar câmeras de segurança. Mas elas não têm inibido os criminosos.
As imagens do vídeo mostram um carro branco parando, a mulher desce, pega os 5 pacotes de caqui e sai sem pagar nada. A estante tem uma placa indicando que custa ¥100. Essa operação de furto foi feita em 30 segundos, como se já estivesse acostumada.
O dono da propriedade agrícola de caquis, de Motosu (Gifu), conta que suas frutas são selecionadas. As que entrega nas quitandas finas e lojas de departamento são vendidas a 500 ienes a unidade. As 3 ou 4 unidades empacotadas para venda de ¥100 na estante são aquelas que têm pequenos riscos na superfície. “Queremos que as pessoas tenham a oportunidade de saborear dessa rica variedade, por isso vendemos barato. Não produzimos para dar de graça, tem todo nosso trabalho”, enfatiza.
Decepcionado, ele diz para a reportagem da CTV que nem sabe mais se pode continuar com esse tipo de venda direta. “Será que a pessoa que furta consegue saborear o caqui com prazer?”, questiona.
Em Kanagawa, um outro produtor, de verduras, amarga o mesmo problema de furtos. “Com tantos furtos nós agricultores estamos pensando em deixar de fazer esse tipo de venda”, lamenta, contando que muitos já abandoram esse sistema de confiança mútua.
Relata que tem gente que pega o pacote e no lugar de deixar as moedas de ¥100 pelo pagamento, colocam propositadamente ¥1.
Os agricultores denunciam na polícia. No caso desse produtor de caqui a mulher levou ¥500 em caquis, mas ele já teve mais de 100 pacotes furtados neste ano.
Fonte: CTV