O número estimado de bebês nascidos no Japão neste ano caiu para menos de 900 mil pela primeira vez, chegando ao nível mais baixo desde que dados comparativos se tornaram disponíveis em 1899, mostraram dados do governo na terça-feira (24).
De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, o número de recém-nascidos para o ano é estimado em 864.000, queda de 54.000 ante 2018, enquanto o de mortes atingiu uma alta pós-guerra de 1.376.000 com o maior declínio natural populacional de 512.000.
A contínua queda na taxa de natalidade e encolhimento populacional no país significa que o Japão pode ter dificuldades em manter os atuais sistemas de aposentadoria, médico e de cuidados de enfermagem nos próximos anos.
O governo estabeleceu uma meta de aumentar a taxa total de fertilidade para 1.8 até o fim do ano fiscal de 2025 e vem introduzindo medidas de suporte para criação dos filhos e emprego para gerações mais jovens.
A mais recente estimativa pode levar o estado a aumentar ainda mais tais medidas.
A taxa total de fertilidade – uma medição do número médio de crianças esperado que cada mulher dê à luz, ajustado para o perfil de idade da população feminina e taxas de fertilidade específicas da idade – situou-se a 1.42 no ano passado.
Os mesmos dados do ministério mostraram que o número de casais que se uniram em 2019 caiu para uma baixa pós-guerra de 583.000, queda de 3.000, enquanto o de casais que se divorciaram aumentou em cerca de 2.000, para 210.000.
O número de bebês nascidos no Japão, que situou-se a 1.247.000 em 1989, caiu em 30 por cento ao longo dos 30 anos, com 2017 e 2018 cada diminuindo em cerca de 28.000 ante o ano anterior.
Com o número de mulheres em idade fértil também diminuindo, é provável que o de bebês caia ainda mais. O número de mulheres na faixa dos 30 desde 1º de julho situou-se a 6.83 milhões e aquelas na faixa dos 20 foi de 5.77 milhões.
Foi em 2005 a primeira vez que houve declínio líquido da população do Japão, com o número de mortes ultrapassando o de nascimentos.
Enquanto houve recuperação no ano seguinte, a tendência da diminuição natural da população continuou por 13 anos consecutivos desde 2007.
Fonte: Mainichi