O Admiral Kuznetsov em 2012 (Wikimedia/Ministry of Defence)
Pelo menos uma pessoa morreu após o único porta-aviões da Rússia, o Admiral Kuznetsov, ter pegado fogo na manhã de quinta-feira (12) durante trabalhos de reparo no porto de Murmansk no Mar Ártico, de acordo com agências de notícias estatais russas.
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Outras 10 pessoas ficaram feridas e duas estão desaparecidas, disse a agência estatal TASS.
O incêndio ocorreu enquanto soldadores estavam fazendo manutenção na primeira unidade de energia. Uma fumaça preta grossa foi vista do deck superior.
A área afetada pela fumaça e o fogo cobre 120 metros quadrados, disse a TASS.
O Admiral Kuznetsov, um porta-aviões do tipo ski-jump, é o maior navio de guerra da marinha russa e o único do país.
O navio de guerra realizou seu primeiro destacamento de combate no ano de 2016, no Mar Mediterrâneo, quando caças fizeram ataques na Síria.
Contudo, o porta-aviões apresentou problemas desde seu retorno à Rússia para manutenção.
Em outubro passado, um guindaste caiu sobre ele durante trabalhos de reparo, fazendo um buraco em sua plataforma.
O acidente ocorreu após uma interrupção no fornecimento de energia ter feito as bombas do dique seco flutuante, que estava mantendo o porta-aviões, falharem, causando o afundamento da estrutra.
O dique, conhecido como PD-50, era uma dos maiores dique secos flutuantes do mundo e o maior na Rússia, com 330 metros de comprimento e pesando mais de 80 mil toneladas.
Após a interrupção, o PD-50 ficou submerso rapidamente, fazendo com que dois guindastes caíssem sobre o deck da embarcação russa, deixando um buraco de 4 por 5 metros, disse a mídia estatal Sputnik.
Após esse acidente, oficiais russos disseram à mídia estatal que os danos não atrasariam reparos no Admiral Kuznetsov, que deveriam ser concluído até 2021.
O acidente do Kuznetsov é pelo menos o segundo incêndio mortal para a marinha russa neste ano.
Em julho, um incêndio a bordo de um submersível russo matou 14 membros da tripulação. Eles morreram por inalação de fumaça após o fogo ter surgido na embarcação, a qual realizava pesquisa em águas territoriais russas, de acordo com a TASS.
Posteriormente, a Rússia disse que detalhes do acidente eram “segredo de estado” e não divulgaram mais informações.
Fonte: CNN