Cidadãos chineses viajando para o exterior foram solicitados pelas suas embaixadas a cumprirem com as fiscalizações de saúde em curso em resposta ao surto do novo coronavírus.
A medida ocorre após uma mulher de Wuhan, a cidade chinesa no epicentro do surto, ter viajado à França e ter postado na mídia social que ela havia tomado medicamentos para baixar sua temperatura antes do avião ter pousado no aeroporto.
O South China Morning Post divulgou que ela postou fotos em um restaurante na França, dizendo que ela tinha sintomas similares ao da influenza antes de partir de Wuhan e que não vinha se sentindo bem quando viajou ao país europeu.
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和朋友順利在法國享用大餐!
對於躲過安檢的神操作, 滿滿的自豪感!真係痴撚線 有冇識法文嘅巴打幫手宣傳下
等全世界都知道呢班賤種有幾仆街來源:https://t.co/5I0Ptnup1Z pic.twitter.com/GYKV1ndyFL
— 83 地獄里的天使 23 (@JTPXLBKFcDzbRWX) January 22, 2020
“Eu estava com febre e tosse antes de viajar – fiquei apavorada”, escreveu a viajante chinesa na rede social WeChat, de acordo com a plataforma de notícias chinesa Sohu.
“Eu logo tomei medicamento e medi minha temperatura”.
“Por sorte a temperatura estava controlada e tive uma jornada suave pela fronteira”, disse ela.
Ela foi identificada pela embaixada chinesa na França como “Yan”.
Não se sabe para qual aeroporto na França ela viajou ou quando ela chegou.
Seu post foi muito criticado. A embaixada chinesa na França postou um aviso na noite de quarta-feira (22) pedindo aos cidadãos que colaborassem com as verificações de fronteira.
“Nossa embaixada recebeu inúmeras ligações e e-mails de cidadãos chineses falando sobre a mulher de Wuhan que postou na mídia social deliberadamente ter tomado medicamento para baixar a febre a fim de driblar as verificações de temperatura no aeroporto”, de acordo com o aviso postado no site na embaixada.
“Demos grande importância a esse incidente e conseguimos entrar em contato com Yan. Pedimos à ela que ligasse para o serviço de emergência francês para que o assunto fosse tratado pelos departamentos relevantes”.
Autoridades francesas enquanto isso disseram que separariam quaisquer passageiros que chegam ao país com febre para que eles pudessem ser avaliados por oficiais da saúde de emergência.
Outras embaixadas chinesas, incluindo nos EUA, Coreia do Sul e Tailândia, emitiram avisos similares a cidadãos viajando no exterior.
Em um aviso separado na quinta-feira (23), a embaixada chinesa em Washington disse que viajantes vindos de Wuhan passariam por medidas extras de quarentena em cinco aeroportos nos EUA – Nova Iorque, São Francisco, Los Angeles, Atlanta e Chicago.
No Reino Unido, passageiros que chegam a Londres a partir de Wuhan estão sendo colocados em isolamento para verificação de sintomas.
O número de mortos em decorrência do surto na China subiu para 25, com o de casos confirmados chegando aos 830, informou o governo na sexta-feira (24).
A Tailândia reportou quatro casos, o Japão e Vietnã dois cada, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura e Estado Unidos um cada.
Um segundo possível caso está sendo avaliado nos EUA e a BBC divulgou que cinco pessoas estavam sendo examinadas na Escócia. Pacientes nesses casos ou eram residentes de Wuhan ou visitantes recentes na cidade.
Fonte: Straits Times