O número de mortos no surto do novo coronavírus que causa pneumonia excedeu mil na China, disseram autoridades da saúde do país nesta terça-feira (11).
Na província de Hubei, central da China, que tem sido o centro da epidemia, 103 novas mortes e 2.097 infecções foram reportadas, levando o total em toda a área continental para 1.016 e mais de 42.000, respectivamente.
O vírus, detectado pela primeira vez em dezembro do ano passado em Wuhan, capital da província de Hubei, já matou mais pessoas do que na epidemia da SARS de 2002-2003 que deixou doentes 8.098 indivíduos e causou a morte de 774 globalmente.
Entretanto, a taxa de mortalidade de cerca de 2% na mais recente epidemia é menor do que aquela da SARS (síndrome respiratória aguda grave), a qual registrou cerca de 10%.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Geng Shuang disse aos repórteres na segunda-feira (10) que 27 estrangeiros na nação foram diagnosticados com o novo vírus, incluindo uma cidadã dos EUA e um japonês na faixa dos 60 anos, ambos os quais morreram no sábado (8).
No mesmo dia, um grande número de empresas e lojas reiniciaram as operações em muitas partes da China após o fim do período de feriado de Ano Novo Lunar estendido, em meio a temores persistentes de que mais pessoas pudessem ficar infectadas quando entrassem em contato com outras.
Fabricantes de veículos japonesas e outras que operam na China também retomaram o trabalho, com autoridades locais intensificando medidas para evitar a propagação do vírus, como medir a temperatura de todas as pessoas que usam transportes públicos e uso de antissépticos.
O feriado de Ano Novo Lunar começou em 24 de janeiro, mas o governo chinês disse em 27 do mesmo mês que ele seria estendido até 2 de fevereiro, visto que o número de casos de coronavírus se multiplicaram. Além disso, muitos negócios continuaram fechados na semana passada a pedido de governos locais.
Fonte: Mainichi