Cães e gatos abandonados no começo do surto de coronavírus estão famintos ou sendo mortos

Muitos animais em Wuhan morreram ou correm o risco de morrer após residentes terem evacuado suas casas na sequência do isolamento.

Muitos cães e gatos foram deixados para trás após evacuação por causa do coronavírus na China (ilustrativa/PM)

O novo coronavírus infectou mais de 100 mil pessoas em todo o globo, matando mais de 4 mil. Mas não são somente humanos que sofreram impactos da propagação da pandemia.

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Muitos animais em Wuhan, a cidade chinesa que é o epicentro do surto de coronavírus, morreram ou correm o risco de morrer após residentes terem evacuado suas casas na sequência do isolamento, disseram defensores de animais.

“Sabemos que muitos cães e gatos foram deixados para trás em apartamentos na cidade de Wuhan, em particular, quando os residente foram evacuados, mas também em outras áreas como Pequim, Dalian e Xian”, disse ao CNN Wendy Higgins, diretor de mídia internacional na Sociedade Humana Internacional.

Sem água e comida

O risco primário que a maioria dos animais enfrenta é óbvio: fome.

Residentes que foram forçados a deixar seus pets para trás deixaram comida e água suficientes para durar por alguns dias, acreditando que poderiam regressar em breve, disseram alguns defensores de animais ao CNN.

Mas cerca de 1 mês após a evacuação, muitos residentes não retornaram para casa.

A Associação de Proteção Animal Vshine, uma organização de bem-estar animal e do meio ambiente sediada na China que tem parceria com a Sociedade Humana Internacional, estimou que o número de cães e gatos deixados para trás em apartamentos em cidades da província de Hubei estão em dezenas de milhares.

“As coisas podem piorar se a epidemia continuar descontrolada”, disse Deng Fang, chefe de pessoal para a Vshine.

Muitos residentes preocupados entraram em contato com organizações como a Vshine para pedir a funcionários que verificassem seus pets. A Vshine recebeu pelo menos 400 ligações pedindo ajuda só na cidade de Dailan, e eles ajudaram a salvar pelo menos 380 cães e gatos que foram deixados para trás, disse Fang.

Temores infundados de que pets podem espalhar o vírus

No fim de fevereiro, o Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação de Hong Kong – AFCD disse que amostras de cavidades orais e nasais de um cão haviam testado “fraco positivo” para o novo coronavírus.

Entretanto, donos de animas de estimação não precisam entrar em pânico. Pets podem contrair coronavírus conhecidos, e enquanto as infecções possam se tornar severas nenhum revelou se espalhar aos humanos.

“No momento, a AFCD não tem evidência de que animais de estimação podem ser infectados pelo Covid-19 ou podem ser uma fonte de infecção para as pessoas”, disse a AFCD em uma declaração.

A Sociedade para a Prevenção de Crueldade aos Animais (SPCA) de Hong Kong emitiu um aviso similar.

“O público é advertido a diferenciar que “estar infectado” não equivale a ser infeccioso e capaz de espalhar o vírus do Covid-19”, escreveu o SPCA em um post no Facebook.

Temores do tipo causaram incidentes de violência contra animais na China, disseram Fang e Higgins, e oficiais de um governo local postaram avisos alertando donos de pets que mantivessem os animais dentro de casa.

Em um aviso que Feng compartilhou com o CNN, um grupo que listou seu nome como Urban Construction Administration indicou que começaria a matar gatos e cães que estivessem no lado de fora das casas a fim de prevenir a transmissão do coronavírus.

Ela também compartilhou um aviso de oficiais da cidade em Hongjiang, na província de Hunan, o qual afirma que pets em áreas públicas ou animais abandonados seriam mortos sem exceção.

Em um outro condado em Zhejiang, uma província com o maior número de infecções após Hubei, autoridades alertaram que cães que forem encontrados em áreas públicas seriam exterminados, de acordo com a Reuters.

Fonte: CNN

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Itália injeta dinheiro na economia atingida pelo coronavírus; número de mortos passa de 2 mil

Publicado em 17 de março de 2020, em Notícias do Mundo

De acordo com a agência de Proteção Civil italiana, o número de mortos havia saltado em 349 nas últimas 24 horas para 2.158, um aumento de 19%.

Abulância estacionadas em praça em Florença, Itália (ilustrativa/PM)

A Itália aprovou na segunda-feira (16) €25 bilhões (US$28 bilhões) em medidas para ajudar a frágil economia a sobreviver ao coronavírus, visto que o número de mortos no país mais afetado da Europa pelo Covid-19 aumentou para mais de 2 mil.

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O decreto ajudará financeiramente as famílias e empresas que enfrentam dificuldades após o governo, na semana passada, ter ordenado um isolamento severo do país inteiro para reduzir o contágio.

Enfatizando o desafio confrontando a Itália, a agência de Proteção Civil disse que o número de mortos havia saltado em 349 nas últimas 24 horas para 2.158, um aumento de 19%. A maioria dos mortos tem mais de 80 anos.

Entretanto, ao oferecer um raio de esperança, o número de novos casos aumentou somente 13% para 27.980 – a taxa mais baixa de crescimento desde 21 de fevereiro quando o primeiro contágio veio à tona.

Autoridades locais em uma das cidades mais afetadas, Bergamo, estavam enfrentando dificuldades para lidar com o aumento no número de mortos. Carros fúnebres estavam entrando em cemitérios locais ao longo do dia, enquanto o crematório local estava operando 24 horas.

Os necrotérios de hospitais e de cemitérios estavam lotados, o que significa que caixões estavam sendo dispostos em uma igreja na cidade.

“Em todas as igrejas não há mais bancos, somente caixões”, disse à agência Reuters Giacomo Angeloni, responsável pelos cemitérios de Bergamo. “A situação é dramática, mas estamos tentando manter a dignidade”.

Sicília isolada

Em um esforço para reduzir a propagação do vírus, o governo cancelou eventos de esportes, fechou restaurantes e a maioria das lojas no país, e pediu aos cidadãos que ficassem em casa.

Buscando evitar que pessoas sigam para Sicília, que conta por menos de 1% do número total de casos nacionais do vírus, o governo local cortou quase todas as ligações de viagem com a ilha principal.

“Não podemos brincar com o coronavírus”, disse o chefe regional Nello Musumeci.

Analistas dizem que a crise colocará a Itália em sua quarta recessão em somente 12 anos e afetará os balanços das empresas.

Fonte: Agência Reuters

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