O Irã soltou temporariamente mais de 54 mil presos de baixo risco em um esforço para combater a propagação do novo coronavírus em cadeias lotadas.
O porta-voz judiciário Gholamhossein Esmaili disse aos repórteres que os internos tiveram permissão para sair após testarem negativo para a Covid-19 e sob fiança.
“Prisioneiros de segurança” condenados a mais de 5 anos não terão permissão para sair.
Houve mais de 90 mil casos reportados da Covid-19 no mundo e 3.110 mortes desde o surgimento da doença no fim de dezembro do ano passado, a grande maioria na China.
O surto no Irã deixou pelo menos 77 mortos em menos de 2 semanas. Na terça-feira (3) o ministério da saúde disse que o número de casos confirmados havia aumentado em mais de 50% pelo segundo dia consecutivo. Agora o número situa-se a 2.336, embora acredite-se que o real seja bem maior.
Casos ligados ao Irã também foram reportados pelo Afeganistão, Canadá, Líbano, Paquistão, Kuwait, Barém, Iraque, Omã, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
Vários altos oficiais iranianos contraíram o vírus. Dentre o mais recente está o chefe dos serviços médicos de emergência, Pirhossein Kolivand.
Vinte e três dos 290 membros do parlamento também testaram positivo.
Uma equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde – OMS, que chegou ao Irã na segunda-feira (2), está dando suporte às autoridades de saúde locais.
A OMS disse que “reveria os esforços de preparação e resposta, visitaria instalações de saúde designadas, laboratórios e portos de entrada, e forneceria orientações técnicas”.
O avião transportando os especialistas também levou suprimentos médicos e equipamento de proteção para mais de 15 mil trabalhadores da saúde, assim como kits de laboratório suficientes para testar e diagnosticar quase 100 mil pessoas.
Fonte: BBC