Rua em Milão vazia (ilustrativa/PM)
O novo coronavírus causou a morte de 1.016 pessoas na Itália, disseram oficiais na quinta-feira (12), mas o ministro de relações exteriores Luigi Di Maio afirma ter esperança de que seu país será o primeiro na Europa a vencer a emergência. A faixa etária das pessoas que morreram não foi informada.
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Entretanto, Di Maio disse à BBC que as medidas impostas na primeira área do surto estavam provando ser eficazes.
Duas semanas após as 10 primeiras cidades no norte da Itália terem sido declaradas como “zona vermelha” e colocadas em isolamento, ele disse que elas não constataram novas infecções.
Isso então serviu como modelo para endurecer as medidas em todo o país.
A Itália agora tem 1.016 mortes, em meio a um número total de 15.113 infecções. Oficiais da proteção civil dizem que 1.258 pessoas se recuperaram. A Itália é o país mais afetado pelo coronavírus no mundo após a China.
“A Itália foi a primeira nação na Europa a se afetada tão duramente”, disse Di Maio. “Mas espero que isso signifique que a Itália seja a primeira a deixar a emergência para trás”.
Movimentação limitada
O movimento foi limitado a necessidades médicas urgentes e profissionais. Lojas estão fechadas, com exceção de farmácias e aquelas com estoque de alimentos. Empresas foram ordenadas a fecharem departamentos não essenciais. Uma ampla variedade de locais – de teatros a escolas a salões de beleza e museus – estão fechados.
Autoridades italianas dizem que poderia levar duas semanas para o impacto das restrições ser visto no surto de coronavírus no país, o qual ainda está aumentando em vilarejos e cidades fora da zona vermelha inicial.
Enquanto o surto na China começa a reduzir, o governo em Pequim está enviando equipes de médicos especialistas e suprimentos à Itália.
Cancelamentos de voos e discriminação contra italianos
Países no mundo cancelaram voos para a Itália ou proibiriam a entrada de italianos ou de qualquer um que venha da Itália. A Áustria e a Eslovênia estão colocando restrições em suas fronteiras com o país.
Cidadãos italianos vivendo em outros países também relataram atos individuais de agressividade contra eles, lamentado pelo ministro de relações exteriores como “discriminação inaceitável”, levando a “intervenções” de seu governo.
A Itália está vivenciando sua pior crise desde a 2ª Guerra Mundial. O governo prometeu gastar 25 bilhões de euros para combatê-la – 3 vezes mais do que o país estimou que seria necessário há uma semana. A economia deve agora entrar em uma profunda recessão.
Contudo, o ministro de relações exteriores mostrou um tom de otimismo, com uma mensagem à comunidade internacional de que a “Itália vai se recuperar e a Europa também – tenho certeza”.
Fonte: BBC