Várias cidades com fornecimento de água de graça por tempo limitado

Fornecimento de água em várias cidades no Japão será gratuito por tempo limitado, considerando os danos causados pela crise da pandemia de Covid-19.

Água sai pela torneira (Piqsels)

No feriado (29) a prefeitura da cidade de Osaka informou que o fornecimento da água será gratuito por 3 meses, considerando os danos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus. 

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A cidade não vai cobrar pela tarifa básica nem pelo consumo, no período de julho a setembro. São 1,66 milhão de residências alvo dessa campanha.

Se reside em Matsubara e Izumiotsu, ambas na província de Osaka, fique atento pois deverão tomar a mesma medida. Em Sakai a prefeitura vai bancar os 80%, portanto o usuário irá pagar apenas 20% do consumo.

Okayama 

A cidade de Soja (Okayama) informou que o fornecimento será gratuito entre abril a julho deste ano, portanto 4 meses, tanto para residências quanto para o comércio, no total de 28 mil pontos.

Além dessa medida criou uma campanha intitulada お持ち帰りDEお得券, lê-se omochikaeri DE otokuken, para estimular o comércio. Venderá uma cartela de 10 cupons ao valor de 2 mil ienes com direito a adquirir 3 mil ienes em produtos alimentícios para levar para casa. Providenciou 20 mil unidades e passará a vender a partir de 2 até 6 de maio, pelo drive-thru na prefeitura. 

Aichi e Shiga

A prefeitura de Kariya (Aichi) também irá fornecer gratuitamente a partir de maio ou junho, durante 4 meses.

Konan (Shiga) é outra cidade que anunciou o fornecimento a ¥0, por 4 meses. Serão favorecidas 16 mil residências, no período entre junho a setembro deste ano. A prefeitura informou que é uma das medidas para ajudar na queda da renda e também para prevenção, já que para lavar as mãos com mais frequência usa-se mais água.

Há um movimento em todo Japão para oferecer o fornecimento de água com bom desconto ou até de graça por um tempo, como já declararam essas prefeituras. Por isso, fique atento aos informes de sua cidade.

Fontes: Yahoo!, Sanyo News, MBS e Kyoto Shimbun

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Metade da força de trabalho global corre grande risco de desemprego devido ao coronavírus

Publicado em 30 de abril de 2020, em Economia

Metade dos trabalhadores do mundo está sob ‘risco imediato de perder seus meios de subsistência devido ao coronavírus’.

Dono colocando placa de fechado em em estabelecimento (ilustrativa/PM)

Quase metade da força de trabalho global – 1,6 bilhão de pessoas – está sob “perigo imediato de ter seus meios de subsistência destruídos” pelo impacto econômico da Covid-19, alertou a Organização Internacional do Trabalho – OIT.

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Da população total global em idade de trabalho de 3,3 bilhões, cerca de 2 bilhões atuam na “economia informal”, geralmente em contratos de curto prazo ou autônomos, e sofreram um colapso de 60% em seus salários no primeiro mês da crise. Desses, 1,6 bilhão correm o risco de perder seus meios de subsistência, alertou a OIT na quarta-feira (29).

“Isso mostra os mais severos termos possíveis de que a crise de empregos e todas as suas consequências estão afundando em comparação com nossas estimativas 3 semanas atrás”, disse o diretor-geral da agência das Nações Unidas Guy Ryder em uma coletiva, prevendo um “massivo” impacto de pobreza.

“Para milhões de trabalhadores, sem salário significa sem comida, sem segurança e sem futuro. Milhões de negócios em todo o mundo estão mal conseguindo respirar”, disse Ryder. “Eles não têm economias ou acesso a crédito. Essas são as faces reais do mundo do trabalho. Se não os ajudarmos agora, eles vão simplesmente perecer”.

As Américas do Norte e Sul foram as regiões mais afetadas após a rápida propagação do vírus pelos EUA e Brasil, mas trabalhadores autônomos e de contrato na Europa também estavam sob iminente perigo de ver seus meios de subsistência desaparecerem.

Nas Américas, a perda de horas de trabalho no segundo trimestre deve chegar a 12,4% comparadas com o nível pré-crise. Na Europa e Ásia central, o declínio deve ser em torno de 11,8%.

Isso se traduz a uma queda de 81% nos salários de trabalhadores na África e nas Américas, 21,6% na Ásia e Pacífico, e 70% na Europa e Ásia central.

Uma flexibilização do lockdown na China significou que milhares de negócios haviam reaberto e aumentado as horas de trabalho de sua mão de obra. A OIT disse que esses desenvolvimentos significaram que as rendas de trabalhadores empregados haviam aumentado em um nível global.

Entretanto, a crise em agravamento em muitas outras partes do mundo deixou mais de 436 milhões de negócios enfrentando altos riscos de graves interrupções, disse a OIT.

Esses empregadores estão operando nos setores econômicos mais afetados, incluindo 232 milhões nos setores varejista e atacadista, 111 milhões nas indústrias de fabricação, 51 milhões em acomodações e serviços alimentícios e 42 milhões no setor imobiliário e outras atividades de negócios.

A OIT disse que a situação extrema enfrentada pelos trabalhadores mais vulneráveis no mundo deveriam levar governos a estender urgentemente seus programas de resgate para incluir “medidas específicas e flexíveis a fim de dar suporte aos trabalhadores e negócios, principalmente as pequenas empresas, aquelas na economia informal e outras que são vulneráveis”.

Ryder disse que esperava que governos reconhecessem que eles precisavam reconstruir suas economias em torno de melhores práticas de trabalho e “não retornar ao mundo pré-pandemia de trabalho precário para a maioria”.

“A pandemia deixou a nu o quão precário, frágil e desigual é o nosso mundo de trabalho. É comumente dito que essa pandemia não discrimina, e em termos médicos está certo. Todos nós podemos ser afetados pela pandemia”, disse ele.

“Mas em termos de efeitos econômicos e sociais, essa pandemia discrimina massivamente e acima de tudo contra aqueles que estão no fundo do mundo do trabalho, aqueles que não têm proteção, aqueles que não têm recursos e o básico do que poderíamos chamar de essenciais de uma vida normal”.

Fonte: The Guardian

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