Nesse período de isolamento social e com empresas fechadas temporariamente por causa da disseminação do novo coronavírus, aumentou o desemprego no Japão.
A emissora estatal NHK realizou uma pesquisa nos 23 bairros de Tóquio e levantou que houve um aumento de pedidos de assistência social nos guichês do seikatsu hogo.
O total de pedidos foi superior a 2 mil o que significa aumento de 30% em relação ao mesmo mês de abril do ano passado.
Segundo levantamento da NHK em março foram 1.858 e em abril 2.058 solicitações. O aumento ocorreu depois da declaração do estado de emergência, pois estabelecimentos comerciais como cafés, bares e restaurantes foram obrigados a fechar temporariamente as portas. Muitos dos funcionários arubaitos ficaram sem rendimentos e também sem local para dormir, pois os internet cafés também foram alvo de fechamento.
Há uma tendência de aumento nos próximos meses também. Não só em Tóquio como nas demais províncias do país.
Crise do coronavírus pode ser pior do que de 2008
Um levantamento realizado pelo jornal Nishi Nippon na região Kyushu verificou que na província de Saga o aumento chegou a 60% em relação ao mesmo mês de abril do ano passado.
Em Miyazaki o aumento foi de 45%, em Nagasaki de 24% e de 19% em Fukuoka e Kagoshima.
O jornal levantou os dados de 2008, logo após a crise desencadeada pela falência dos Lehman Brothers em setembro. Nesse mês eram 28.427 beneficiários somente na cidade de Fukuoka (província homônima). Em setembro do ano seguinte, em 2009, o número subiu para 32.582 e em 2010, mais um ano depois somavam 38.077.
Um funcionário da prefeitura disse “a crise econômica desta vez afetou uma gama maior de indústrias do que no Lehman Shock. O número de beneficiários pode aumentar ainda mais a partir deste momento”.
Fontes: NHK e Nishi Nippon