O destino das Olimpíadas no próximo ano depende da administração do Japão mediante o coronavírus, de acordo com a governadora de Tóquio.
Yuriko Koike disse que os Jogos poderiam significar uma “vitória” sobre a epidemia, acrescentando que mais trabalho ainda deve ser feito para melhorar o tratamento e testagem, mas admitiu que organizadores estavam confrontando várias incertezas.
As Olimpíadas estavam originalmente programadas para começar em julho, mas a data foi transferida para 24 de julho do ano que vem em meio ao surto de coronavírus.
“As Olimpíadas de Tóquio 2020 são um evento importante que todos vêm aguardando”, disse Koike ao Will Ripley da CNN.
“O adiamento custa muito e, mais do que tudo, não sabemos como estará a situação do coronavírus em julho do próximo ano. Temos algumas incertezas aqui”.
“Custa muito para começar, precisamos da compreensão da população de Tóquio para isso. Não devemos gastar muito. Temos que tornar os Jogos seguros para atletas e espectadores”.
Organizadores disseram em dezembro que o custo de sediar as Olimpíadas foi de cerca de 1,35 trilhão de ienes, enquanto patrocinadores, seguradoras e emissoras também dedicaram bilhões para os Jogos.
“Meta clara para vencer”
Houve 17.039 casos confirmados de coronavírus no Japão e 917 mortes, de acordo com o cálculo mais recente da Universidade Johns Hopkins.
Desde o anúncio do adiamento das Olimpíadas, oficiais têm dito que não há planos para adiá-los novamente.
“Temos que identificar as especificidades do vírus, desenvolver medicamentos e melhorar as instalações de testes”, disse Koike.
“Mas não podemos permitir que a batalha contra o coronavírus dure por 10 ou 20 anos. A comunidade global deve ter uma meta clara para vencer o vírus e competir por soluções ao realizar uma sociedade segura e compartilhar exemplos de sucesso (da batalha do vírus).
“Desejo o sucesso das Olimpíadas de Tóquio como (um sinal da) vitória da humanidade sobre o coronavírus”.
Apesar de sua densidade populacional, Tóquio conseguiu resistir bem ao vírus, registrando 5.347 casos confirmados e 307 mortes, de acordo com a Johns Hopkins.
“Isso tudo é graças à cooperação das pessoas de “Tóquio”, disse Koike.
“O uso de máscaras se tornou um costume comum para os japoneses desde a pandemia da gripe espanhola em 1918. O senso de higiene dos japoneses foi excelente e isso ajudou a suprimir o número de mortes se comparado a países ocidentais”.
Fonte: CNN