Covid-19: número de mortes no Japão é baixo, mas medidas básicas ainda são necessárias

Se medidas básicas forem tomadas, como usar máscaras e lavar as mãos frequentemente, não há necessidade de temer de forma excessiva, diz especialista.

Lavar as mãos com frequência é uma das medidas básicas contra o coronavírus (banco de imagens PM)

A primeira morte em decorrência da Covid-19 no Japão foi confirmada em fevereiro após o novo coronavírus ter começado a se espalhar na China, mas vários especialistas admitem que nem imaginavam inicialmente que o número de mortes no arquipélago aumentaria.

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Ao contrário das opiniões otimistas iniciais, entretanto, o número de mortes aumentou com início do fim de março quando as infecções se espalharam.

Comparação com os EUA e Europa

Ao mesmo tempo, comparado aos Estados Unidos e países na Europa, o número de mortes por Covid-19 tem sido menor no Japão, embora agora o país tenha passado de mil óbitos.

De acordo com o Our World Data publicado por pesquisadores da Universidade de Oxford e outras instituições, o número de mortes por milhão de pessoas desde 19 de julho era de 666.9 no Reino Unido e 432.32 nos Estados Unidos. No Japão, enquanto isso, o número foi de 7.79.

O painel de especialistas do governo japonês sugeriu que medidas contra infecções por cluster (aglomerados) tinham sido eficazes em um relatório divulgado em maio.

O professor da Universidade Médica de Tóquio, Atsuo Hamada, que é conhecedor de doenças infecciosas, aponta diferenças em sistemas médicos em cada país.

“Não há cuidado médico universal nos Estados Unidos e aqueles que não têm seguro hesitam em ver um médico”.

“Além disso, ao contrário da Itália e outros países onde gastos médicos financiados por receitas tributárias foram cortados, o sistema público de seguro de saúde do Japão é apoiado por empresas e usuários de seguros, permitindo recursos financeiros estáveis”.

“Como o sistema médico no Japão é bem suportado, somos capazes de lidar com o crescente número de casos”, disse Hamada.

Comparação com Taiwan e Coreia do Sul

Enquanto isso, o número de mortes do Japão por milhão é maior do que o visto em seus vizinhos como Taiwan (0.29 por milhão) e Coreia do Sul (5.75 por milhão).

O professor Kazuhiro Takeda da Universidade Toho, que também atua como diretor da Associação Japonesa para Doenças Infecciosas, disse que “Taiwan e Coreia do Sul haviam pedido às pessoas que se mantivessem em casa desde os estágios iniciais e isso provavelmente foi eficaz”.

Síndrome de tempestade de citocinas

Sabe-se que aqueles que foram infectados com o novo coronavírus podem desenvolver síndrome de tempestade de citocinas em alguns casos, em que seus sistemas imunológicos que deveriam proteger o corpo de um vírus têm uma reação exagerada.

Takeda aponta que muitos pacientes graves de Covid-19 desenvolvem complicações da tempestade de citocina.

Em tais casos, células imunológicas atacam as normais em órgãos como pulmões, rins e fígado, causando doenças graves. Quando as células das paredes interiores dos vasos sanguíneos são danificadas, isso cria coágulos sanguíneos, causando ataques cardíacos, derrames e falência de órgãos, o que pode levar à morte.

Acredita-se que condições subjacentes, incluindo doenças cardiovasculares e condições como obesidade e fumo, contribuam para o agravamento de casos de Covid-19.

Das cerca de 26 mil pessoas infectadas no Japão, cerca de 20 mil já foram liberadas de hospitais e instalações para recuperação.

“Se medidas básicas forem tomadas, como usar máscaras, lavar as mãos frequentemente e evitar os 3Cs de (confined spaces, crowded places e close-contact – espaços confinados, lugares lotados e contato próximo) não há necessidade de ter medo excessivamente”, disse Takeda.

Fonte: Mainichi

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Aichi entra em vigilância com altos números de novos infectados

Publicado em 22 de julho de 2020, em Sociedade

Foi o que disse o governador ao anunciar sobre os 53 novos casos de infecção pelo novo coronavírus na terça-feira.

Governador Hideaki Omura (ANN)

Logo depois da informação dos 53 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, na terça-feira (21), o governador Hideaki Omura fez um pronunciamento. 

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“Tomo como um número chocante. Tenho que reconhecer que a segunda onda chegou“, disse. Ao apresentar os números dos novos casos dos últimos 7 dias admitiu que Aichi entra na área de vigilância. Afinal, 53 é mais do que o dobro do pico (25) na época da quarentena.

Embora os números tenham sido surpreendentes, sendo que o de terça-feira foi o maior até então, disse que não pedirá aos estabelecimentos comerciais que entrem em licença, ou seja, fechar as portas temporariamente. O motivo é que 98% dos pacientes apresenta quadro com sintomas leves ou assintomáticos, diferente da primeira onda.

Em Nagoia também foi o maior número, com 22 testados positivo, uma parte – 5 pessoas – é dos clusters de infecção na capital da província. 

Omura pede para não ir a Tóquio

O governador informou que ⅔ dos últimos casos são de adultos jovens, na faixa dos 20 aos 30 anos. Por isso, pede que à população dessa faixa que se cuide para não infectar os familiares com idade mais avançada.

Desde o começo do mês até terça-feira o que se constatou é que quase 40% dos novos casos são de pessoas relacionadas com outras de Tóquio e Kansai. Por isso reforçou o pedido para a população se abster de ir à capital japonesa. Por outro lado, ainda não se sabe da rota da infecção de cerca de 30% dos casos.

Reitera o distanciamento social, evitar locais com aglomeração e também os com má ventilação. 

Fontes: Mainichi, ANN, Asahi, CTV, Tokai e Chunichi 

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