Amazon Japan é forçada a devolver ¥2 bilhões a fornecedores

A Amazon Japan forçou fornecedores em 10 indústrias a bancarem parte dos custos para cobrir descontos que a varejista online aplicava sobre seus produtos.

Caixas de encomendas da Amazon (ilustrativa/banco de imagens PM)

A unidade do Japão da Amazon.com Inc. se comprometeu a devolver cerca de ¥2 bilhões (US$18,8 milhões) para aproximadamente 1,4 mil fornecedores após tê-los feito bancarem parte dos custos para cobrir descontos que a varejista online aplicou sobre produtos, disse o defensor de antitruste na quinta-feira (10).

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A promessa fez parte das reformas propostas da Amazon Japan G.K. apresentadas à Comissão de Comércio Justo do Japão no fim de agosto. A comissão, que investigou a varejista online em 2018 sob suspeita de violar a lei antitruste, as aceitou na quinta-feira.

Com o plano de reforma aprovado pela comissão, a Amazon Japan fica isenta de penalidades e não haverá nenhuma decisão sobre se ela violou a lei antiruste.

A lei proíbe companhias de abusar de suas posições superiores para lucrar ilicitamente de outras partes ao fazer exigências, incluindo dinheiro.

Acredita-se que os fornecedores tenham atendido à exigência da Amazon para cobrir custos de desconto a fim de continuarem comercializando seus produtos através de sua ampla rede de vendas.

A unidade do Japão começou a pedir a eles que bancassem parte dos custos por volta de 2016. A devolução, que cobre até um período de 3 anos, é incomum para sua escala.

De acordo com a comissão, a Amazon Japan forçou fornecedores em 10 indústrias, incluindo de produtos eletrônicos a itens de pet, a bancarem parte dos custos para cobrir descontos que a varejista online aplicava sobre seus produtos.

Além disso, a unidade do Japão pediu aos fornecedores que pagassem taxas de uso de sistema e custos de marketing que equivaleram até 10% de suas despesas de envio, sem fornecer razões detalhadas.

A comissão conseguiu chegar a um acordo em um espaço de tempo relativamente curto, visto que ela não teve que passar pelo fornecimento de evidência detalhada para provar que houve violação da lei sob o novo procedimento de liquidação, que foi introduzido em dezembro de 2018 quando o Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica entrou em vigor.

Exigiu-se que a Amazon compensasse os fornecedores, ao invés de pagar penalidades monetárias ao governo como em uma decisão normal envolvendo a violação da lei.

Contudo, Masayuki Funada, professor emérito na Universidade Rikkyo especializado em lei de economia, manifestou críticas sobre o novo procedimento, dizendo que “(a comissão) não deveria cortar caminhos somente porque ela acha que evidência é difícil e eles não querem que o caso se torne prolongado”.

A Amazon Japan se comprometeu a corrigir as práticas nas reformas propostas, de acordo com a comissão.

“Fazemos todo o esforço para cumprir com as leis em todas as regiões onde operamos, e para nosso conhecimento não houve conduta ilícita reconhecida (pelo comitê)”, disse a Amazon Japan em uma declaração.

Fonte: Asia Nikkei

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Suga cita que futuro aumento do imposto sobre consumo é inevitável

Publicado em 11 de setembro de 2020, em Economia

Possível sucessor de Shinzo Abe cita sociedade em envelhecimento, mas críticos questionam a proposta em tempos de Covid-19.

Em relação à entrevista para a TV Tokyo, Suga disse que sua resposta era sobre “um desenvolvimento futuro” (NHK)

O secretário-chefe do gabinete Yoshihide Suga, que está liderando uma corrida para se tornar o próximo primeiro-ministro do Japão, sugeriu na quinta-feira (10) que o imposto sobre consumo da nação precisa ser aumentado além dos atuais 10% no futuro, citando a rápida população em envelhecimento.

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“Quando pensamos sobre o futuro, não temos escolha além de aumentar o imposto novamente, após realizar minuciosas medidas administrativas”, disse Suga em uma aparição na TV em Tóquio. “Não importa o quão intensamente tentemos, a população do Japão vai encolher”.

Essa é a primeira vez que Suga, assessor de longo tempo do primeiro-ministro Shinzo Abe, se referiu à possibilidade de um aumento do imposto sobre consumo desde o início da corrida pela liderança do dominante Partido Liberal Democrata (PLD). Ele manteve que o Japão deve primeiro estar no caminho de recuperação antes de melhorar sua folha de balanço.

Nesta sexta-feira (11), Suga apareceu para voltar atrás sobre seu comentário. “O primeiro-ministro Shinzo Abe disse que o Japão não precisa aumentar o imposto sobre consumo pelos próximos 10 anos”, disse ele em uma coletiva de imprensa regular. “Eu tenho a mesma ideia”.

Em relação à entrevista para a TV Tokyo, ele disse que sua resposta era sobre “um desenvolvimento futuro”.

O Japão está em situação fiscal difícil. Débitos nacionais e regionais de longo termo agora situam-se a ¥ 1,1 quadrilhão (US$10,4 trilhões), ou duas vezes o produto doméstico bruto.
O Banco do Japão está essencialmente compensando os déficits no orçamento governamental através da aquisição de elevados montantes de títulos públicos.

Observadores no Japão, contudo, não acham que sugerir um outro aumento do imposto sobre consumo é uma boa ideia, visto que a economia da nação vem sendo prejudicada pelo novo coronavírus.

Abe aumentou para 8% o imposto sobre consumo, que então era de 5%, em abril de 2014, e depois para 10% em outubro de 2019. Antes do último aumento, Abe disse em julho que uma elevação além de dez por cento “não será necessária pelos próximos 10 anos”.

Fonte: Asia Nikkei

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