Dois veterinários no Chile estão sob investigação por alegadamente aplicar vacinas caninas contra coronavírus em pelo menos 75 pessoas nos meses antes das preparações biológicas voltadas para os humanos terem chegado ao país, disseram oficiais da saúde na terça-feira (20).
Os dois são acusados de terem administrado vacinas desenvolvidas para coronavírus canino, que não é o mesmo do vírus SARS-CoV-2 responsável pela pandemia humana global, a pessoas na cidade de Calama, no norte do Chile.
Dúvidas surgiram pela primeira vez em setembro passado, quando oficiais da saúde notaram funcionários em uma clínica veterinária em Calama trabalhando sem máscara. Questionados, eles afirmaram que haviam sido vacinados por um veterinário local.
“Isso é muito perigoso”, disse a secretária da saúde Rossana Diaz da região de Antofagasta à emissora 24horas.
“Há estudos os quais dizem que os efeitos em humanos podem ser locais, como irritação, ou sistêmicos”, acrescentou ela.
Os dois casos vieram à tona nesta semana quando oficiais da saúde reportaram a promotores que os veterinários não haviam pagado as multas que receberam.
A autoridade da saúde Seremi disse que pelo menos 75 pessoas haviam recebido as inoculações caninas, incluindo profissionais da saúde e mineiros.
Até agora o Chile imunizou com pelo menos uma dose de uma vacina aprovada contra SARS-CoV-2 cerca de 7,7 milhões de pessoas, de uma população-alvo de 15,2 milhões.
O país registrou 1,13 milhão de infecções por coronavírus e mais de 25 mil mortes.
Fonte: News ABS - CBN