Uma loja da Uniqlo em São Francisco, Califórnia, EUA (banco de imagens)
A agência aduaneira dos EUA bloqueou um lote de camisetas da marca Uniqlo, da Fast Retailing, em janeiro por violar uma ordem proibindo importações de itens suspeitos de terem sido produzidos por trabalho forçado da estatal Xinjiang Production and Construction Corps. da China.
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O bloqueio das camisetas de algodão masculinas da Uniqlo, que aconteceu no Porto de Los Angeles, foi revelado em um documento da Alfândega e Proteção de Fronteira dos EUA com data de 10 de maio, em que a agência negou um recurso da Uniqlo para liberar seus produtos.
A Uniqlo é a principal marca da maior varejista de roupas da Ásia, a Fast Retailing, e fundada pelo homem mais rico do Japão, Tadashi Yanai.
O documento aduaneiro dos EUA cita que a Uniqlo havia argumentado e forneceu prova de que algodão cru usado para produzir as camisetas não se originou da Xinjiang Production.
Mesmo assim, a Uniqlo falhou em fornecer informação suficiente para definir que os itens não foram produzidos em parte por trabalho forçado na região de Xinjiang, no extremo oeste da China, de acordo com a agência aduaneira.
Não ficou claro se os EUA bloquearam outros envios da Uniqlo ou de outras marcas sob a ordem emitida pela então administração do presidente Donald Trump em dezembro.
Fabricantes globais de vestuário vêm sendo pegas em controvérsias neste ano em relação a algodão originário de Xinjiang, com consumidores chineses boicotando marcas internacionais que criticam as ações da China e governos ocidentais como o dos EUA reprimindo itens vindos da região.
A Uniqlo não tem sido um alvo principal de boicotes na China comparada à H&M.
Desde abril, havia 47 lojas da Uniqlo nos EUA. A Fast Retailing tem cerca de 809 filiais na China, que formam cerca de um quinto dos lucros da companhia.
Fonte: Japan Times