A Johnson & Johnson (J&J) deverá pagar US$2,1 bilhões a mulheres que atribuíram seus cânceres de ovário ao amianto contido no talco da empresa farmacêutica, após o Tribunal Supremo dos EUA ter se recusado a rever o caso.
O julgamento foi o maior envolvendo a companhia, que luta contra uma onda de ações judiciais e perdeu vários casos, visto que milhares de pessoas afirmaram que os produtos levaram ao câncer.
A apelação negada na terça-feira (1º) foi relacionada a um caso apresentado no estado do Missouri em 2018 envolvendo 22 mulheres.
“A decisão do tribunal em não rever o caso de Ingham deixa sem solução questões legais significantes que tribunais do estado e federal continuarão a enfrentar”, disse a J&J, acrescentando que “décadas de avaliações científicas independentes confirmam que o talco da Johnson é seguro, não contém amianto e não causa câncer”.
No ano passado a companhia disse que suspenderia as vendas de talco nos EUA e Canadá após a comercialização ter caído 60% em 3 anos.
O talco em pó é feito de talco mineral que, em sua forma natural, contém amianto, uma substância que pode causar câncer. A indústria de cuidados da saúde concordou em 1976 garantir que todos os produtos à base de talco não contenham níveis detectáveis de amianto.
Fonte: Financial Times