O Japão iniciou as preparações para aceitar afegãos que trabalharam para sua embaixada e organização de ajuda, uma abertura de portas incomum a refugiados de guerra em meio a preocupações crescentes de retaliação do Talibã contra residentes que trabalharam junto com governos estrangeiros.
Como afegãos e estrangeiros tentam fugir desesperadamente do país após o Talibã ter assumido o controle, incluindo a capital Cabul, o Japão enviou nesta semana um avião de transporte das Forças de Autodefesa para evacuar japoneses e funcionários locais em sua embaixada e na Agência de Cooperação Internacional do Japão para um país vizinho.
“O governo como um todo vai precisar considerar” se aceita refugiados afegãos, disse a Ministra da Justiça, Yoko Kamikawa, aos repórteres na sexta-feira (23). Ela disse que, por enquanto, o Japão não deportará afegãos contra suas vontades.
Inicialmente, o governo japonês planeja permitir que funcionários afegãos e suas famílias permaneçam no Japão por até 90 dias em ação humanitária para depois garantir a eles vistos que os permitirá ficar e trabalhar no arquipélago por até 5 anos.
O Japão poderá garantir mais extensões dependendo dos desenvolvimentos no Afeganistão.
É raro para o Japão aceitar cidadãos estrangeiros que fogem de conflito. O país concedeu condição de refugiado a 47 pessoas em 2020 de acordo com a Agência de Serviços de imigração. Em contraste, a Alemanha reconheceu 63 mil e o Canadá 20 mil.
Fonte: Asia Nikkei