Variante Delta (NIID, via NHK)
O NIID-Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão divulgou os resultados de uma análise sobre a variante Delta do novo coronavírus, considerada de alta infecciosidade.
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Através de uma porta de entrada se espalhou por todo o arquipélago rapidamente. A princípio, foi encontrada essa variante em uma pessoa, residente na região metropolitana, em 18 de maio. Ela não tinha histórico de viagem para o exterior. Ao aprofundar na pesquisa, soube-se que em 16 de maio um passageiro que passou pela seção de quarentena do aeroporto estava infectado.
Portanto, essa variante que entrou pelo aeroporto se espalhou por Tóquio e, depois, por todo o país.
Por outro lado, muitos dos clusters da variante Delta que pareciam ter chegado do exterior, os quais foram confirmados em Kanto, Kansai, Tokai e Kyushu, por volta de maio, não levaram a uma grande disseminação da infecção e no início de julho já estavam quase que controlados, mas isso mudou.
Além de Kanto, atenção para Kansai, Fukuoka e Okinawa
O NIID estima que a proporção dos vírus contendo a mutação L452R, encontrada na variante Delta, com base em dados dos testes de triagem, é de 90% em Tóquio. Em Kanagawa, Saitama e Chiba esse índice é de 89%. Em toda região Kanto, a estimativa é que o novo coronavírus convencional deverá ser substituído por essa variante da Índia até o final deste mês.
Em Kansai – Osaka, Quioto e Hyogo – o índice era baixo até o início do mês passado, mas se expandiu rapidamente, chegando a 63%. A previsão é de que ultrapassará 80% até o final deste mês.
Além disso, em Okinawa chegou a 89% e em Fukuoka a 85%, onde o número de pacientes internados aumentou rapidamente, o que já causou tensão no sistema médico.
Diante disso, o que fazer na quinta onda?
Takaji Wakita, diretor do NIID reafirma “a infecciosidade da variante Dela é cerca de duas vezes mais do que vírus convencional, por isso, é difícil de controlá-la com a mesma intensidade, adotando as mesmas medidas anteriores”.
“Em algumas áreas não basta conter o fluxo de pessoas, é preciso reduzir as oportunidades das pessoas entrarem em contato umas com as outras”, de forma a conter esse ritmo de transmissibilidade, enfatizou.
O governador de Okinawa fez um apelo à população na quinta-feira (5), em relação a essa temida variante. “Como se propaga por contato acidental, está aumentando a chamada infecção adquirida na comunidade. Evite comer com outras pessoas que não sejam da família”, explicou. Mesmo entre amigos e conhecidos, o risco é alto, alertou.
Apelou para o bom senso da população em tomar as medidas contra o contágio, pela “sua própria vontade de se proteger”.
Fonte: NHK e QB