Novos dados do amplo ensaio clínico da vacina contra Covid-19 da Moderna mostram que a proteção que ela oferece diminui com o tempo, apoiando o caso para doses de reforço, disse a companhia em um comunicado de imprensa na quarta-feira (15).
Os dados ficam em total contraste com aqueles de vários estudos os quais sugeriram que a proteção da vacina da Moderna dura mais do que doses similares da Pfizer.
Especialistas disseram que a diferença é provavelmente devido a uma maior dose de mensageiro RNA (mRNA) da Moderna e o intervalo ligeiramente mais longo entre a primeira e segunda doses.
Ambas as vacinas provaram ser extremamente eficazes em prevenir doença em seus estudos de estágio final de larga escala.
Entretanto, a análise de quarta-feira mostrou maiores taxas de infecção entre vacinados cerca de 13 meses atrás comparado com aqueles vacinados há 8 meses. O período de estudo foi de julho a agosto, quando a variante Delta era a cepa predominante. Ele ainda deve passar por revisão em pares (peer review).
Em 1º de setembro a Moderna apresentou seu pedido à Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA buscando aprovação para uma dose de reforço.
Stephen Hogen, presidente da Moderna, disse que dados de seus estudos de reforço mostram que a vacina poderia aumentar a neutralização anticorpos a níveis ainda maiores do que aqueles vistos após a segunda dose.
“Acreditamos que isso reduzirá casos de Covid-19”, disse ele. “Também acreditamos que uma 3ª dose de mRNA-1273 tem a chance de estender de forma significativa a imunidade por todo o próximo ano enquanto tentamos dar fim à pandemia”.
Fonte: Japan Times