O Facebook, após o testemunho contundente de que suas plataformas prejudicam as crianças, apresentará vários recursos, incluindo pedir aos adolescentes que façam uma pausa usando seu aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram e dar uma cutucada nos se eles estiverem olhando repetidamente para o mesmo conteúdo que não é propício para o seu bem-estar.
A empresa com sede na Califórnia, Estados Unidos, também está planejando introduzir novos controles para adolescentes de forma opcional, para que os pais ou responsáveis possam supervisionar o que estão fazendo online.
Essas iniciativas vêm depois que o Facebook anunciou no final do mês passado que interrompeu o trabalho em seu projeto Instagram for Kids, destinado às crianças com idade até 13 anos, para postar fotos e vídeos.
Os resultados de sua própria pesquisa mostram que o Instagram tem um impacto negativo na saúde mental das crianças. Como resultado, foi criticado e o desenvolvimento foi suspenso.
Não podemos, com um aceno de varinha, tornar a vida de todos perfeita
Os novos controles foram delineados no domingo (10), por Nick Clegg, vice-presidente do Facebook para assuntos globais, o qual participou de programas da CNN e ABC. Segundo ele, se o adolescente navegar repetidamente por fotos e vídeos indesejáveis será incentivado a fazer uma pausa.
“Não podemos, com um aceno de varinha, tornar a vida de todos perfeita. O que podemos fazer é melhorar nossos produtos, para que sejam tão seguros e agradáveis de usar”, disse Clegg.
Ele disse que o Facebook investiu 13 bilhões de dólares nos últimos anos para garantir a segurança da plataforma e que a empresa tem 40 mil pessoas trabalhando nessas questões. E embora Clegg afirme que o Facebook tem feito o possível para manter o conteúdo prejudicial fora de suas plataformas, diz que está aberto a mais regulamentação e supervisão.
Ex-funcionária denunciou o Facebook
A enxurrada de entrevistas veio depois que Frances Haugen, ex-cientista de dados do Facebook, compareceu ao Congresso na semana passada para acusar a plataforma de mídia social de não conseguir fazer alterações no Instagram, depois que pesquisas internas mostraram danos aparentes a alguns adolescentes. Além disso, disse que é desonesta em sua luta pública contra o ódio e a desinformação.
As acusações de Haugen foram apoiadas por dezenas de milhares de páginas de documentos de pesquisa interna que ela copiou secretamente antes de deixar seu emprego na unidade de integridade cívica da empresa.
Fontes: NHK e Mainichi