O Japão planeja aprovar até o fim deste mês a pílula anticovid da Merck para venda através de um processo rápido destinado a medicamentos candidatos de prioridade, disseram reguladoras na sexta-feira (3).
A unidade japonesa da farmacêutica dos EUA, a MSD (Merck Sharp and Dome), solicitou no mesmo dia ao Ministério da Saúde para fabricar e comercializar o medicamento oral, o molnupiravir.
Se aprovado, o molnupiravir seria o primeiro medicamento oral disponível no Japão para tratar casos leves a moderados da Covid-19.
A Merck e sua parceira dos EUA, a Ridgeback Bhioterapeutics, desenvolveram o molnupiravir como medicamento antiviral. A pílula age para suprimir a replicação do coronavírus no corpo.
O Japão já assinou um contrato de US$1,2 bilhão para 1,6 milhões de doses do medicamento.
Se aprovado, as primeiras 200 mil doses serão distribuídas a hospitais e clínicas neste mês, a outras 400 mil até 31 de março.
Anteriormente, o ministério havia aprovado tratamentos com anticorpos desenvolvidos pela Chugai Pharmaceutical do Japão e da farmacêutica britânica GlaxoSmithKline para tratar casos leves a moderados da Covid-19. Contudo, ambas as opções são administradas via intravenosa ou injeção.
A pílula da Merck pode ser tomada em casa, sem a necessidade de ir ao hospital.
O regime de tratamento envolve duas doses por dia ao longo de cinco dias. A MSD tem a esperança de que esse medicamento seja eficaz contra a variante ômicron do coronavírus.
Fonte: Asia Nikkei