A Ucrânia não recebeu resposta do Comitê Internacional da Cruz Vermelha sobre os corredores humanitários para a evacuação de civis na quarta-feira (16).
A questão da criação de tais corredores continua sem solução para Izium e Mariupol, disse Iryna Vereshchuk, vice-primeira-ministra, ministra para a Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados da Ucrânia.
Ela enfatizou que nos últimos dias, quando os corredores humanitários foram abertos, a Rússia recorreu a violações grosseiras dos acordos de cessar-fogo.
“Os ocupantes abriram fogo contra comboios humanitários, assentamentos bombardeados e pontos de encontro para civis que tentavam fugir da zona de guerra, além de fazer reféns pessoas que escoltavam os comboios. Um de nossos socorristas, Oleksiy Danchenko, ainda está preso”, disse.
Vereshchuk também lembrou que em 15 de março, invasores russos tomaram as instalações de um hospital de terapia intensiva em Mariupol, fazendo reféns 400 funcionários civis da instituição. Eles estão atualmente usando o hospital como um ponto de tiro. Isso representa uma enorme ameaça ao movimento de civis ao longo dos corredores humanitários.
“Em tais condições, não podemos retirar as pessoas com segurança”, disse Vereshchuk.
Mariupol é uma cidade com 500 mil habitantes, atacada pelos militares da Rússia, mas 20 mil conseguiram sair. Na terça-feira (15) dois mil carros conseguiram sair da cidade, às 14h, com destino a Zaporizhia, para obtenção da ajuda necessária. Outros 2 mil veículos saíram mais tarde.
Na segunda-feira (14), quase 150 mil pessoas usaram os corredores humanitários em toda a Ucrânia, para serem evacuados para locais seguros.
Desde 24 de fevereiro a Ucrânia está sob a artilharia da Rússia, atacando residências, hospitais, universidades, escolas e outros, para matar civis, incluindo as crianças.
Post de 4 deste mês mostra pai chorando diante do corpo sem vida do filho em Mariupol.
Fontes: FNN e Ukrinform