A Ucrânia foi invadida pelo exército russo na quinta-feira (24) e desde então vem sofrendo bombardeios, perda de vida dos civis e mais de 500 mil refugiados nos países vizinhos.
Em meio a esse clima de terror no país, um soldado russo morto no combate, tinha um smartphone, cuja troca de mensagens de texto com sua mãe foi copiada e apresentada pelo embaixador ucraniano da ONU Sergiy Kyslytsy, na segunda-feira (28).
O relato começa com a mãe perguntando: “Alyosha, o que você está fazendo? Por que você não pode responder? Você está realmente em treinamento?”.
O soldado respondeu: “Mamãe, não estou mais na Crimeia. Não estou em treinamento“.
“Onde você está então? Papai está perguntando se posso lhe enviar um pacote”, pergunta a mãe.
“Que tipo de pacote mamãe, você pode me enviar?“, responde o soldado.
A mãe pergunta: “Do que você está falando, o que aconteceu?”
Depois segue com o soldado respondendo: “Mamãe, isto é tão difícil”.
“Mamãe, estou na Ucrânia. Há uma guerra real acontecendo aqui. Estou com medo. Estamos bombardeando todas as cidades de uma vez, atingindo até civis. Disseram-nos (na Rússia) que eles nos receberiam bem mas estão caindo sob nossos blindados, veículos se jogando sob as rodas e não nos deixando passar. Eles nos chamam de fascistas. Mamãe, isso é tão difícil”.
Do treinamento para a “guerra”
Se o conteúdo for verdadeiro, significa que o soldado foi enviado ao campo de batalha sem saber das circunstâncias.
O governo ucraniano criou um site onde as famílias podem procurar pelos soldados russos que foram feitos prisioneiros ou morreram.
Nesse site há outra declaração, de um soldado russo que foi preso pela Ucrânia, o qual diz em entrevista: “Papai, mamãe, eu não queria vir, mas eu tinha que vir. Depois fui para Belgorod para o treinamento e me mandaram entrar na Ucrânia”.
Belgorod é uma cidade que fica a 40km da divisa com a Ucrânia.
Fontes: ANN, ITV e NDTV