Dono da empresa do barco que afundou pede desculpas com ‘dogeza’

Ele fez explicações sobre o desaparecimento do seu barco de turismo, o Kazu I, em Hokkaido, pois precisava se desculpar para os familiares que pediam satisfações.

Presidente da empresa operadora do barco que afundou (NHK)

No quinto dia após o desaparecimento do barco de turismo Kazu I, da costa da Península de Shiretoko, em Hokkaido, o dono da empresa operadora, Seiichi Katsura, realizou uma coletiva de imprensa no hotel na cidade de Shari, na quarta-feira (27), a qual durou mais de 2 horas.

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O dono da Shiretoko Tour Boat se apresentou e logo depois expressou desculpas pela ocorrência, ao dizer “sinto muito pelas vítimas” e fazendo dogeza.   

Dogeza é um ato da etiqueta japonesa, de ajoelhar-se no piso e se curvar tocando a cabeça no chão, a fim de demonstrar consideração a uma pessoa superior, com profundo respeito, como também condescendência e pedido de perdão.

Empresário faz dogeza (NHK)

Depois, passou às explicações da situação no dia do acidente e também sobre o sistema de gerenciamento de segurança, um dos itens questionados pela imprensa, pois soube-se que a antena do rádio estava quebrada e, portanto, o capitão não podia se comunicar.

Relatos do presidente da empresa

Ele deu um cronograma desde antes da partida com a embarcação de turismo, no sábado (23) de manhã.

Imagens da HP, do Kazu I e seu interior (NHK)

  • 8h: reunião com o capitão do Kazu I, Noriyuki Toyoda, sobre o cruzeiro 
  • Capitão informou sobre o mau tempo mas que poderiam partir às 10h
  • Caso o mar estivesse agitado, poderia retornar, teria dito Katsura
  • 8h30: capitão informa que a antena do rádio está quebrada, mas Katsura não cancelou a partida
  • 10h: Kazu I parte com o capitão, um marinheiro e 24 passageiros
  • 13h13: capitão passa mensagem pelo rádio, para outra operadora, informando que estava nas imediações da Cascata de Kashuni e que se atrasaria para voltar
  • 13h18: capitão informa por rádio, para outra operadora, que a proa do Kazu I foi inundada e pedia socorro para a Guarda Costeira. E a empresa comunicou conforme o pedido
  • Após 13h18: soube-se que o Kazu I se comunicava diretamente com a Guarda Costeira
  • 16h30: Guarda Costeira começa a operação de resgate

Katsura disse que no dia anterior, sexta-feira, o capitão Toyoda, junto com outras empresas, realizaram uma operação de confirmação de segurança do curso. 

Não estava na empresa quando o barco afundou

“Lamento profundamente pelas vítimas, em consequência do grave acidente ocorrido durante o cruzeiro turístico com o Kazu I. Sinto um pesado fardo e sinto muito pelas famílias”, disse Katsura. 

Empresa operadora desse barco Kazu I (NHK)

“Oro do fundo do meu coração para que as vítimas que estão sendo procuradas sejam encontradas o mais rápido possível. Farei o que puder para colaborar com as buscas. Farei tudo para cooperar na investigação da causa”, declarou.

Informou que uma pessoa da empresa que recebeu o último comunicado o avisou por telefone celular, pois ele não estava na empresa. “Estava planejando entrar em contato com os pescadores e pedir para que eles organizassem a partida para o resgate. Depois, as ondas ficaram mais altas e o vento piorou, então decidimos deixar a operação para a Guarda Costeira”, declarou. 

Famílias revoltadas

Até chegar a data dessa coletiva de imprensa os familiares o questionaram seguidamente pela falta de satisfação e informações. Eles não queriam papéis com rotas e suposições, mas explicações.

Em uma reunião da sede de contramedidas realizada pelo Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo, na quarta-feira, para avaliação desse acidente, Tetsuo Saito, o ministro, disse: “O presidente da operadora pediu desculpas aos familiares dos passageiros. Explicou as circunstâncias do acidente, mas recebi relatos de que o conteúdo não foi nada convincente para as famílias”.

Depois disso, solicitei que respondesse cuidadosamente e explicasse às suas famílias.

Fonte: NHK

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Plantões do BB em maio/2022

Publicado em 28 de abril de 2022, em Tome Nota

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No BB Móvel e nos Plantões não são realizadas operações com dinheiro em espécie. Os locais e datas programados podem sofrer alterações.

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