Em um comunicado publicado no Facebook em 11 de maio, a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, disse que foi enviada uma acusação ao tribunal contra o sargento Vadim Shishimarin, da unidade 32010 da 4.ª Divisão de Tanques da região de Moscou, Rússia.
De acordo com a investigação, em 28 de fevereiro, o soldado de 21 anos matou um morador desarmado da vila de Chupakhivka, de Sumy Oblast, que estava andando de bicicleta na beira da estrada.
Antes disso, a coluna, que incluía o sargento Shishimarin, havia sido derrotada em combate com uma unidade ucraniana.
Enquanto fugiam, o invasor russo e seus quatro colegas dispararam contra um carro particular com metralhadoras e o apreenderam para ir a uma aldeia com os pneus furados.
No caminho, viram um homem voltando para casa e falando ao telefone celular. Um dos soldados ordenou ao sargento que matasse o civil para que ele não os denunciasse aos defensores ucranianos.
“Ele (Shishimarin) disparou vários tiros pela janela aberta de um carro de um Kalashnikov na cabeça de uma vítima de 62 anos. O homem morreu no local a apenas algumas dezenas de metros de sua casa“, disse Venediktova.
Prisão de uma dezena de anos ou perpétua
O suspeito Shishimarin está atualmente sob custódia. Os promotores e investigadores do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) reuniram provas suficientes de seu envolvimento na violação das leis e costumes de guerra, combinado com assassinato premeditado. Ele deverá enfrentar entre 10 e 15 anos de prisão ou prisão perpétua.
A Ucrânia já investigou mais de 10 mil suspeitos de crimes de guerra e identificou mais de 600 militares russos.
A Rússia lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia em 24 de fevereiro. A data de 11 de maio marcou o 77.º dia da invasão russa em grande escala.
Fonte: NV