Várias decisões recentes geraram intensa especulação sobre os planos do papa para o futuro, incluindo a mais radical, que ele pode até estar planejando renunciar.
O papa Francisco alimentou rumores com o adiamento de uma viagem à África e de uma reunião iminente de cardinais, mas especialistas alertam contra assumir que uma renúncia está próxima.
Afetado por uma dor no joelho e forçado a usar cadeira de rodas nas últimas semanas, o pontífice de 85 anos adiou uma viagem à República Democrática do Congo em julho e ao Sudão do Sul na semana passada.
Essa ação, juntamente com uma decisão incomum de realizar um consistório para nomear novos cardinais durante o mês de férias de agosto, gerou intensa especulação sobre seus planos para o futuro, incluindo o mais radical, que ele estava planejando renunciar.
Não tão rápido, dizem muitos.
“Na comitiva do papa, a maioria das pessoas realmente não acredita na possibilidade de uma renúncia”, disse uma fonte do Vaticano à AFP.
A renúncia de um papa já foi impensável. Contudo, quando Bento XVI deixou o cargo em 2013, citando sua saúde física e mental em declínio, ele estabeleceu um precedente.
Em 2014, um ano após ser eleito para substituir Bento, Francisco disse aos repórteres que se sua saúde impedisse suas funções como papa, ele consideraria renunciar também.
“(Bento) abriu uma porta, a porta para papas aposentados”, disse o pontífice então.
Mais recentemente em maio, como divulgado por várias mídias italianas, o papa Francisco brincou falando sobre seu joelho durante uma reunião a porta fechadas com bispos: “Ao invés de operar, renunciarei”.
Entretanto, uma viagem para o Canadá no fim de julho ainda está na agenda do pontífice, e o papa continua a receber injeções em seu joelho e terapia física, de acordo com o Vaticano.
Fonte: Channel News Asia