A família de um bebê teme que ele possa perder a audição em um dos ouvidos após sua orelha ser cortada durante uma cesárea realizada em um hospital particular sob as luzes fracas de celulares durante falta de energia na Baixa Califórnia, no México, no início deste mês.
Karla Araceli Urizandi Martínez de 19 anos deu à luz Julián Adriel na Clinica Internacional de Especialidades (CIE) em Mexicali no dia 6 de junho.
Uma equipe médica realizou a cesárea sob as luzes de celulares após blecaute no hospital, o qual não fez uso de qualquer fonte alternativa de energia.
#Estados | En una clínica particular de #Mexicali, #BajaCalifornia; médicos cortaron la oreja de una bebé recién nacida. Mientras los doctores atendían un parto hubo una falla de energía eléctrica por lo que decidieron alumbrarse con la luz de sus celulares. (1/2) pic.twitter.com/nxVrapTY2o
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— Observer.NR (@ObserverNR) June 16, 2022
De acordo com uma reportagem do jornal Reforma, a operação de Karla estava originalmente programada para começar às 11h, mas ela não havia sido anestesiada até as 12h40.
O corte de luz ocorreu às 12h48, mas o médico David Santoyo Alanís teria decidido proceder com a operação contra o desejo da gestante porque ela já havia sido anestesiada.
“Eu não quero ser operada (no escuro), não quero morrer”, disse Karla a Santoyo, de acordo com o Reforma. O médico subsequentemente informou ao marido dela que o hospital tinha sua própria fonte de energia e que a sala de operações onde a cesárea ocorreria estava iluminada, uma afirmação que o Reforma descreveu como mentira.
A equipe médica liderada por Santoyo procedeu com a operação e devido a uma falta de luz, cortou a orelha esquerda do bebê, assim como parte de um hemangioma, comumente conhecido como marca de morango.
Sonia Martínez Andrade, a mãe de Karla, disse ao Reforma na semana passada que seu neto estava recebendo tratamento em outro hospital.
Testes determinarão de sua audição foi afetada. A parte esquerda da cabeça do bebê ficou inchada devido ao ferimento sofrido.
A família de Urizandi moveu uma ação junto ao Escritório Geral de Advogados da Baixa Califórnia, mas nenhuma ação foi tomada ainda contra membros da equipe médica ou o hospital.
Fonte: Mexico News Daily