Rua em Mariupol durante cerco da cidade no andamento da invasão russa à Ucrânia, 12 de março de 2022 (Wikimédia Commons/Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia)
Em Mariupol, a devastada cidade portuária ucraniana agora sob ocupação russa, o temor mudou de persistente bombardeamento para condições sanitárias em deterioração: esgoto se infiltrando na água potável e medo de um surto de cólera.
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Na segunda-feira (7), uma das autoridades locais exilada da cidade disse que russos agora com controle de Mariupol estavam considerando a imposição de uma quarentena no local, onde corpos em decomposição e lixo estavam contaminando a água potável, colocando residentes que restaram sob risco de cólera e outras doenças.
“Há conversas sobre quarentena. A cidade está sendo fechada silenciosamente”, disse o conselheiro do prefeito Petro Andriushchenko, uma fonte confiável de informação de residentes que resta na cidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu o alerta sobre o potencial para um surto de cólera em Mariupol e pré-posicionou vacinas em Dnipro, mas não está claro como elas chegariam aos residentes.
A cólera, uma infecção que causa diarreia aguda, está ligada a acesso inadequado à água limpa e mata dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo anualmente, de acordo com a OMS.
“Você pode entrar na cidade com uma permissão de residência em Mariupol. Mas é uma passagem só de ida, porque você não pode sair”, disse Andriushchenko.
“De todos os cenários possíveis para combater a epidemia, a Rússia escolhe, como sempre, o mais cínico, simplesmente prender as pessoas na cidade e deixar tudo como está: quem sobrevive, sobrevive”.
O vice-prefeito de Mariupol, Serhiy Orlov, acredita que cerca de 150 mil pessoas continuam na cidade, de uma população pré-invasão de mais de 400 mil, com mais 30 mil a 40 mil nos subúrbios vizinhos.
Fonte: CNN