Cerca de 100 mil russos fugiram para o país vizinho Cazaquistão após a ordem de mobilização parcial de Vladimir Putin, afirmam autoridades do governo da capital Astana.
O Cazaquistão disse que está com dificuldades para acomodar dezenas de milhares russos que fugiram de sua terra natal desde o anúncio de Moscou sobre uma mobilização militar na semana passada, mas que tentará lidar com o que ele chama de um “problema humanitário”.
Homens russos, alguns com família, começaram a atravessar em massa a segunda fronteira de terra mais longa do mundo na semana passada após o anúncio de convocação de Putin, dizem autoridades.
Os russos não precisam de visto ou mesmo passaporte para entrar no Cazaquistão, apenas seus documentos de identidades russos. A língua russa também é amplamente falada no país.
Entretanto, o influxo repentino sobrecarregou a infraestrutura da nação vasta, mas escassamente povoada. Hotéis e albergues estão lotados e os preços de aluguéis dispararam.
O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, cuja administração se recusou a apoiar o que a Rússia chama de “operação militar especial” na Ucrânia, pediu paciência e tolerância.
“Muitas pessoas da Rússia vieram para cá nos últimos dias”, disse ele em um discurso na terça-feira (27). “A maioria deles foi forçada a fugir devido à situação desesperadora”.
“Devemos cuidar e garantir a segurança deles. É uma questão política e humanitária”, disse Tokayev. Seu governo discutirá a situação com Moscou, disse ele.
Fonte: The Independent