Imagem ilustrativa de criança fazendo consulta (Flickr)
O número de mortes de pacientes aumentou significativamente a partir de meados de julho, na sétima onda de infecção pelo novo coronavírus, incluindo bebês, crianças e adolescentes.
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Na quarta-feira (14), o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) divulgou os resultados de uma pesquisa, cujo alvo foi 41 crianças e adolescentes, com idade de 0 a 20 anos, que morreram de covid entre janeiro e agosto deste ano.
Quase 50% dos pacientes não tinham comorbidades e 73% morreram em menos de uma semana depois de testados positivo.
“Depois de confirmada a infecção ocorreram mortes precoces. Por isso, é importante incentivar as pessoas a se vacinarem como forma de prevenir a covid“, disse Takaji Wakita, diretor do NIID.
Maioria dos óbitos foi na faixa de 1 a 11 anos
O conselho consultivo (AB), uma equipe de especialistas que assessora o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) nas contramedidas em relação ao coronavírus, também informou sobre as mortes de pessoas de 0 a 19 anos, a partir de meados de julho.
As mortes por faixa etária foram:
- 8 de menos de 1 ano
- 10 de 1 a 4 anos
- 17 de 5 a 11 anos
- 5 de 12 a 19 anos
- 1 de idade desconhecida
87% das crianças e adolescentes que morreram não foram vacinadas
Imagem da campanha de vacinação do governo japonês (MHLW)
Uma análise detalhada de 29 pessoas que puderam ser investigadas revelou que 14 (48%) tinham comorbidades e 15 (52%) não tinham nenhuma doença grave.
Dos 29 pacientes, 15 tinham mais de 5 anos e eram elegíveis para a vacina contra o novo coronavírus. Mas, 13 (87%) não haviam sido vacinados e 2 haviam recebido 2 doses.
As principais causas de morte foram:
- anormalidades do sistema circulatório, como miocardite e arritmia em 7
- anormalidades do sistema nervoso central, como encefalopatia aguda em 7
- os demais tiveram falência múltipla de órgãos
Ao chegarem a uma instituição médica, muitas delas apresentavam outros sintomas além dos respiratórios, como febre, náuseas, vômitos e alteração da consciência.
Diante desses dados ficou clara a importância da vacinação, no caso das crianças, a partir dos 5 anos, e também da prevenção, sem subestimar a covid, pois mais da metade não tinha comorbidade.
Fonte: Mainichi