A onda de demissões em larga escala no Twitter realizada pelo dono Elon Musk chegou a sua subsidiária japonesa.
Acredita-se que um grande número de funcionários no Twitter Japan, incluindo aqueles no departamento de relações públicas, também foi alvo dos cortes, e o impacto está começando a ser sentido.
De acordo com a mídia dos EUA, o CEO da Tesla, que recentemente adquiriu a plataforma de mídia social, notificou aproximadamente 3,7 mil funcionários do Twitter, ou cerca da metade da força de trabalho total da companhia, sobre suas demissões até 4 de novembro. Os funcionários que foram notificados teriam ficado incapazes de acessar os sistemas internos da empresa.
Os demitidos publicaram seus pensamentos no Twitter usando hashtags como #OneTeam. Alguns dos tuítes estavam em japonês, expressando que eles estavam “felizes em ter sido parte da equipe” e “tristes”, sugerindo que funcionários da subsidiária japonesa também foram alvos dos cortes.
Embora a escala de cortes de empregos na Twitter Japan seja desconhecida, parece que o departamento de relações públicas inteiro foi alvo.
Entretanto, o sistema empregatício japonês não permite que uma companhia demita um funcionário sem uma razão legítima.
Takeshi Okano, chefe no escritório de advocacia Atom, que aparentemente foi consultado por funcionários do Twitter sobre questões legais, disse, “Simplesmente dizendo ‘porque o dono foi substituído’ ou ‘porque a companhia está no vermelho’ não é uma razão legítima para demissões”.
“Visto que funcionários apenas receberam o aviso, eles agora provavelmente negociarão se vão concordar com a companhia ou buscar aposentadoria por acordo mútuo sob melhores condições”.
O Japão tem o segundo maior número de usuários do Twitter no mundo. Se a confusão persistir, o impacto poderia se espalhar ainda mais.
Fonte: Mainichi