Elon Musk disse em uma reunião geral na segunda-feira (21) que o Twitter deveria usar sua presença no Japão como modelo que ele traça para o futuro, dizendo que o país é um exemplo do que a plataforma de mídia social deveria aspirar ser “idealmente em cada país sem exceção”, de acordo com o portal online The Verge.
“Pode parecer que o Twitter seja centrado nos EUA, mas quanto muito é centrado no Japão”, teria dito Musk, acrescentando que “há cerca do mesmo número de usuários ativos diários no Japão do que há nos EUA, apesar do fato do Japão ter um terço da população dos EUA”.
O Twitter é o terceiro serviço de mídia social mais popular no Japão, de acordo com dados compilados pela Comnico, uma agência de marketing social japonesa.
A plataforma de mídia social tem 45 milhões de usuários mensais ativos, atrás do app de mensagens Line (92 milhões) e YouTube (69 milhões). Isso coloca o Twitter à frente do Facebook, que tem 26 milhões de usuários mensais ativos no país.
O alcance do Twitter no Japão coloca o país como seu segundo maior mercado atrás dos EUA.
As maiores marcas do Japão usam o serviço para se engajar com seus seguidores, e influenciadores tuitam atualizações em seus cronogramas e promovem seus conteúdos.
Enquanto outros serviços possam ter mais usuários totais no país, o Twitter tem uma “influência sobredimensionada na cultura do Japão, como nos EUA” diz Jay Allen, editor do Unseen Japan, um newsletter que monitora notícias japonesas e questões sociais.
Musk parece querer que o Twitter replique sua posição ideal no Japão em outros mercados como os EUA, mas especialistas alertam que mudanças as quais o bilionário implementou desde que comprou o Twitter poderia arriscar o status do serviço no país.
Jason Karlin, um professor de estudos de mídia na Universidade de Tóquio, diz que o uso do Twitter no Japão começou a aumentar em 2011, após o terremoto e tsunami de Tohoku e durante a subsequente crise na planta nuclear de Fukushima.
“As pessoas estava usando o Twitter como maneira de ter informação instantânea sobre várias crises, principalmente porque a crise foi tão prolongada e esforços de recuperação levaram tal período de tempo”, diz ele.
Fonte: The Fortune