De acordo com os dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW), em relação aos estrangeiros beneficiários do serviço de amparo social chamado seikatsu hogo, de novembro de 2022, são 47.292 famílias (ou domicílios), com 66.263 pessoas beneficiadas.
Para os estrangeiros, há mais rigor no ambiente de trabalho e nas condições de trabalho do que para os japoneses, porque há muitas contratações não regulares. Muitos tiveram seus empregos cortados por causa da epidemia do coronavírus e alguns não puderam se recuperar economicamente.
Mas, somente os estrangeiros com visto permanente ou de residência de longa duração conseguem obter essa ajuda do governo, pois para os que vieram com outro tipo de visto, não podem ser beneficiados ainda que estejam passando dificuldade.
Índices dos estrangeiros beneficiários do seikatsu hogo
O total de residentes estrangeiros chegou a 2,93 milhões, cerca de 2 a 3% da população do país. O total geral – japoneses e estrangeiros – de beneficiários do seikatsu hogo em novembro do ano passado é de 2.026.638 pessoas, ou apenas 1,2% da população do Japão. Em relação aos residentes estrangeiros, esse índice aumenta levemente, pois chega a 2,3%.
Olhando por país de origem, os percentuais mudam:
- 6,2% são coreanos (do norte e do sul)
- 3,8% são filipinos
- 1,2% são brasileiros
- 0,9% são chineses
A primeira impressão é de que os coreanos são mais favorecidos, por causa do índice. Mas, na realidade não são. É que 67% dos que recebem essa ajuda é porque são idosos, lembrando que a imigração desses dois povos é antiga e naquela ocasião não podiam contribuir com a aposentadoria.
Em relação ao povo filipino beneficiário, 53% são mães solteiras, divorciadas de seus maridos japoneses, porque na maioria dos casos sofriam violência doméstica.
Comparando com outros países
Nos países desenvolvidos, como a França, o percentual de estrangeiros beneficiados do mesmo tipo de programa de assistência social chega a 12,4%.
Na Alemanha o índice sobe para 37,8% e na Suécia é ainda maior, de 59,4%.
São essas redes de apoio dos países desenvolvidos que ajudam os estrangeiros com dificuldades.
Fontes: MHLW, Flash e Huffington Post