A organização Japan Alliance for LGBT Legislation (J-All), com sede em Tóquio, a qual abriga as entidades relacionadas, realizou uma coletiva de imprensa na terça-feira (7) no Ministério do Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW), com a finalidade de apelar ao governo a criação urgente de leis que proíbam a discriminação contra as pessoas LGBT e também que permita o casamento entre elas.
Não é de agora que as entidades vêm se empenhando nesse pedido. Mas o gancho foi um comentário discriminatório contra as minorias sexuais do político Masayoshi Arai, então secretário do primeiro-ministro, o qual foi demitido por seu superior Fumio Kishida.
Yuichi Kamiya, diretor-executivo da J-All destacou que “entre os países do G7 o Japão é o único que não possui legislação sobre as minorias sexuais. Sem esse conjunto de leis, as pessoas continuam tendo problemas para encontrar um emprego ou sofrem bullying, sem poder salvá-las”.
Pediu a implementação da legislação na Cúpula do G7 em Hiroshima, a ser realizada em maio.
“O Japão é um país que não respeita os direitos humanos das minorias sexuais”, disse a advogada Takako Uesugi, também diretora da entidade Marriage for All, traduzida como liberdade de casamento para todos.
“Por causa do comentário discriminatório feito por um alto funcionário do governo, o secretário do primeiro-ministro, o Japão tornou-se conhecido por outros países como o que não se preocupa com os direitos das minorias sexuais”, destacou.
“Como país anfitrião, não podemos dizer que é adequado para liderar a cúpula G7 em meio à situação de abandono sem a criação da lei”, apontou.
Os países da União Europeia, Reino Unido, Austrália e América (em alguns estados) possuem leis em relação às minorias sexuais LGBT+, mas o Japão, ainda que seja um país de primeiro mundo, está atrasado.
Fontes: Tokyo Shimbun e J-All